quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gostar das Pessoas

“Motivemos os núcleos espiritistas a uma campanha de esforços pela implantação da noção de “escola do espírito”, erguendo trincheiras seguras e generosas para o entendimento mais consistente do ato de educar a si mesmo.”

(...) Nessa “escola da alma” pensemos os valores humanos como metas possíveis e não como virtudes angelicais, das quais permanecemos muito distantes da possibilidade de experimentá-las.”

(...) Mais do que práticas nas instituições, é necessário preparar o seguidor da doutrina para aprender a gostar de relacionamentos. Com raríssimas exceções, o espírita, assim como a maioria dos homens reencarnados, não aprendeu a gostar das pessoas com as quais convive, descobrir-lhes as virtudes, encantar-se com suas diferenças, cultivar a empatia.

Muitos agem como se pudessem beneficiar-se das práticas que tanto amam sem ter que suportar o “peso” das imperfeições alheias, o que muito lhes agradaria.
Ama-se muitas vezes com mais alegria o Centro, suas dependências e tarefas, que aqueles que nele transitam...

“Há companheiros com mais cuidado com seus livros espíritas que com os amigos de tarefa...”

Sentir amizade, gostar das pessoas com as quais se convive, cultivar a empatia, são conselhos extremamente importantes, e em se tratando de assim proceder na instituição espírita, tornam-se essenciais. Lembremo-nos das afirmativas do Mestre:
 “Meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem”.

A constante prática da afetividade, do cultivo da amizade, da empatia, mesmo de maneira forçada, como obrigação que alguém se impõe, leva essa pessoa, pouco a pouco, a desenvolver amor, a maior e mais plena das virtudes. Nos locais onde se cultiva a afetividade é possível senti-la no próprio ambiente.

Quando isto ocorre num centro espírita este se torna muito mais agradável e mais propício a oferecer melhor auxílio a quem o procura, necessitado de ajuda. Torna-se também mais capacitado as mais plenas manifestações espirituais.

Quando ingressamos num local onde as pessoas desenvolvem a afetividade, podemos facilmente percebê-la pelas sensações e pelos sentimentos que passamos a nutrir. Por vezes essas sensações são tão fortes que podem até levar pessoas sensíveis às lagrimas.

Se você é dirigente espírita, ou se tem alguma influência no centro que freqüenta ou onde trabalha, pense na importância de incentivar os trabalhadores da casa, e também os freqüentadores, a desenvolverem sentimentos de amizade, de amor fraterno.

Cícero Pereira
Conclave de líderes espíritas
ABRADE

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