segunda-feira, 19 de abril de 2010

Casas ou Grupos?

“Nos agregados pouco numerosos, todos se conhecem melhor e a
mais segurança quanto à eficácia dos elementos que para eles entram. O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família. As grandes assembléias excluem a intimidade, pela variedade dos elementos de que se compõe; exigem sedes especiais, recursos pecuniários e um aparelho
administrativo desnecessários nos pequenos grupos.”
O Livro dos Médiuns — capítulo 29 — ítem 335

Feliz e inspirada a fala do educador excelente e magno codificador do Espiritismo, Allan Kardec.
Casas ou grupos? O que atende melhor aos anseios de crescimento e desenvolvimento das potencialidades para “ser”?
As Casas pedem regulamentos, paredes e esforço físico. Os grupos são criados por relações, vivências e esforço moral.
As Casas abrigam-nos das intempéries materiais, enquanto os grupos são recantos de estímulos contra as investidas dos reveses da alma.
As Casas formalizam os movimentos para fora, enquanto os grupos consolidam elos essenciais voltados para os valores íntimos.
As Casas têm chefes, os grupos têm líderes.
As Casas são estáticas; os grupos, dinâmicos.
As Casas são “dependências”; os grupos, autonomia.
As Casas são o corpo; os grupos, sua alma.
Casas priorizam a instituição; grupos laboram por mentalidades e idéias.
Casas são submissas a normas; grupos são expressões de criatividade e responsabilidade, harmonia e cooperação.
As Casas pedem hierarquia; os grupos apelam para a participação promocional.
As Casas podem servir de troféus à vaidade pessoal, enquanto os grupos são fontes inesgotáveis de serviço coletivo contra as artimanhas do personalismo.
As Casas reúnem pessoas, os grupos unem as pessoas.
Nas Casas as pessoas encontram-se, nos grupos elas convivem.
Nas Casas onde não encontramos grupos que se amam e respeitam pode-se desenvolver os ambientes de frieza afetiva e menor valor à individualidade, conquanto possam prestar relevantes serviços à sociedade.
O centro espírita, enquanto Casa, precisa reciclar seus paradigmas, contextualizar seus métodos, renovar sua forma de agir e decidir, agilizar suas atividades para atendimento dos inumeráveis e surpreendentes desafios que ora solapam as vidas humanas com dores acerbas.
A renovação dessa mentalidade deve iniciar-se pela formação de equipes, os grupos.
Relembremos a origem da palavra grupo que vem de “gruppo”, do italiano, que
significa “nó”. No caso, um nó entre seus membros.
Entretanto, formar e manter os serviços de equipes é iniciativa que demanda preparo dos dirigentes.

Laços de Afeto
WANDERLEY S. DE OLIVEIRA
DITADO PELO ESPÍRITO ERMANCE DUFAUX

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