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quarta-feira, 14 de julho de 2010

19ª AULA- G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 17
Desdobramento, Catalepsia e Letargia

Desdobramento (Sonambulismo)
O fenômeno de desdobramento espiritual, denominado também "experiência fora do corpo" ou "projeção do eu" e que Allan Kardec reconhecia com o nome de "Sonambulismo".
O médium sonambúlico (de desdobramento), segundo Kardec, é aquele "que vive por antecipação a vida dos Espíritos".
Ele desfruta da capacidade de desprender-se do seu corpo físico, deixando-o num estado de sonolência, e desloca-se no espaço apenas com seu perispírito. Durante o desdobramento, o Espírito pode sair para longe de seu corpo e visitar locais distantes, conhecidos ou não.Estes locais poderão encontrar-se em nosso plano físico ou nas esferas espirituais. Podem, também, entrar em contato com outros Espíritos, visitar enfermos, assistir Espíritos perturbados, etc.
A faculdade sonambúlica, lembra Kardec "é uma faculdade que depende do organismo e nada tem a ver com a elevação, o adiantamento e a condição moral do sujeito."
No entanto, os esforços que o medianeiro empreende em sua melhoria pessoal deverão ser responsáveis pelo tipo de atividade que irá desenvolver em "suas viagens".

Com relação ao grau de consciência, os médiuns de desdobramento podem ser classificados em três tipos: conscientes, semiconscientes e inconscientes.
Os conscientes, lembram-se perfeitamente de tudo o que realizaram durante o desdobramento, os segundos têm uma recordação relativa, mas os terceiros nada recordam.

O desdobramento pode ser ainda: natural ou provocado (magnético).
  • No natural, o médium afasta-se de seu corpo sem que seja necessária a atuação de uma outra pessoa. Pode verificar-se em função de uma enfermidade, do sono, prece ou meditação.
  • O magnético ou provocado, é aquele produzido pela ação fluídico-magnética de outra pessoa, encarnada ou desencarnada. Os médiuns adestrados são muitas vezes afastados de seu corpo por seus mentores espirituais, durante o sono físico e levados para reuniões de estudo e trabalho no mundo espiritual. Pode acontecer também, que o desdobramento seja provocado por Espíritos viciosos, que desejam envolver o medianeiro em atitudes infelizes, promovendo, muitas vezes, processos obsessivos graves.
Allan Kardec dá o nome de "êxtase" a um tipo de desdobramento mais apurado, onde a alma do médium tem maior grau de independência e pode deslocar-se para locais muito distantes.

CATALEPSIA
Caracteriza-se a catalepsia pela suspensão parcial ou total da sensibilidade e dos movimentos voluntários, acompanhada de extrema rigidez dos músculos, acarretando a conservação passiva das atitudes dadas aos membros, ao tronco ou à face. Assim, se lhe for erguido um braço, nesta posição ficará indefinidamente. Nesse estado, os olhos permanecem grandemente abertos, fixos, com semblante imobilizado, apresentando o paciente uma fisionomia impassível, sem emoção e sem fadiga.

A catalepsia pode ocorrer naturalmente, sem uma causa aparente, ou pode ser provocada (hipnotismo ou obsessão).
Neste último estado, embora o paciente não possa ter atividade alguma voluntária, age, no entanto, sob a sugestão do operador.

LETARGIA
A letargia é uma apresentação mais profunda que a catalepsia. O letárgico nada ouve, nada sente, não vê o mundo exterior, a própria consciência se lhe apaga, fica num estado que se assemelha à morte. O paciente jaz imóvel, os membros pendentes, moles e flácidos, sem rigidez alguma e, se erguidos, quando novamente soltos recaem pesadamente; sua respiração e o pulso são quase imperceptíveis, as pupilas mais ou menos dilatadas, não reagem mais à luz; o sensório está totalmente adormecido e a inércia da mente parece absoluta.

É exatamente dentro da letargia que se incluem os casos de mortes aparentes registradas no Novo Testamento (ressurreição de Lázaro, da filha de Jairo e do filho da viúva de Naim).

Vejamos agora o que disseram os Espíritos, respondendo às perguntas formuladas por Allan Kardec sobre esse interessante assunto:

"Os letárgicos e os catalépticos, em geral, vêem e ouvem o que em derredor se diz e faz, sem que possam exprimir o que estão vendo ou ouvindo. É pelos olhos e pelos ouvido que têm essas percepções?
R. Não. É pelo Espírito. O Espírito tem consciência de si, mas não pode comunicar-se." [LE - qst 422]

"Na letargia pode o Espírito separar-se inteiramente do corpo, de modo a imprimir-lhe todas as aparências da morte e voltar a habitá-lo?
R. Na letargia o corpo não está morto, porquanto há funções que continuam a executar-se. Sua vitalidade se encontra em estado latente, porém, não aniquilada. Ora, enquanto o corpo vive, o Espírito se lhe acha ligado. Em se rompendo, por efeito da morte real e pela desagregação dos órgãos, os laços que prendem um ao outro se desfazem, torna-se integral a separação e o Espírito não volta mais ao seu envoltório. Desde que um homem, aparentemente morto, volve à vida, é que não era completa a morte." [LE-423]

A CATALEPSIA E A LETARGIA
Sendo um patrimônio psíquico da criatura e não propriamente uma enfermidade, compreender-se-á que nem sempre a sua ação comprova inferioridade do seu possuidor, pois que uma vez adestrados, ambos poderão prestar excelentes serviços à causa do bem, tais como as demais faculdades mediúnicas que, não adestradas, servem de pasto a terríveis obsessões.
Um Espírito encarnado, por exemplo, já evoluído, ou apenas de boa vontade, poderá cair em transe letárgico ou cataléptico voluntariamente, alçar-se ao espaço para desfrutar o convívio dos amigos espirituais, dedicar-se a estudos profundos, colaborar com o bem e depois retornar à carne, reanimado e apto a excelentes realizações.

Bibliografia
1) Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) Magnetismo Espiritual - Michaelus
3) Hipnotismo e Espiritismo - José Lapponi
4) Recordações da Mediunidade - Yvonne A. Pereira
5) Diversidades dos Carismas - Hermínio C. Miranda
6) Nos Domínios da Mediunidade- André Luiz / Chico Xavier

quarta-feira, 7 de julho de 2010

18ª AULA-G.E DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 16
Mediunidade de Cura
Introdução

Modalidades de Terapia Espiritual
a) Fluidoterapia Convencional: trata-se do Passe Magnético, da água fluidificada e da irradiação a distância. São modalidades terapêuticas onde se trabalha com fluidos curadores, encontradas em quase todos os centros espíritas;
b) Assistência Através de Médiuns Receitistas: o médium receitista, segundo Allan Kardec (que os denominava também de médiuns medicinais), são aqueles cuja especialidade é a de servirem mais facilmente aos Espíritos que fazem prescrições médicas. Lembra o codificador que não se deve confundi-los com os médiuns curadores, porque nada mais fazem do que transmitir o pensamento do Espírito e não exercem, por si mesmos, nenhuma influência.
Benfeitores espirituais dotados de conhecimentos sobre Medicina, que ditam através do médium (geralmente por psicografia) os medicamentos e as orientações que deve seguir para o seu restabelecimento. A maioria deles trabalha com Medicina Homeopática, lançando mão também de chás, ervas e drogas ditas naturais;
c) Assistência Espiritual Direta: consiste na atuação terapêutica dos Espíritos sem a participação direta de médiuns. Talvez seja a mais comum das modalidades terapêuticas espíritas, onde os Benfeitores estarão mobilizando recursos fluídicos específicos em benefício dos necessitados sem que eles, muitas vezes, percebam. Esta modalidade pode desenrolar-se nos centros espíritas ou mesmo nas residências dos enfermos. Em determinadas situações o doente é levado em corpo espiritual a certos hospitais do mundo extrafísico e lá são submetidos a complexos processos de reparação perispiritual;
d) Operações Espirituais: essa modalidade terapêutica caracteriza-se pela atuação de Espíritos desencarnados incorporados e médiuns específicos. No Brasil, ganhou muito destaque a partir dos médiuns José Arigó e Edson Queirós. Utilizando-se das mãos do médium ou de instrumentais cirúrgicos, os cirurgiões desencarnados mobilizam recursos fluídicos diretamente junto ao corpo físico e espiritual do doente.
Interrogado quanto à utilização desses instrumentos cirúrgicos neste tipo de assistência espiritual, o expositor Divaldo Franco assim se expressou:
"Na minha forma de ver, trata-se de ignorância do Espírito Comunicante, que deve ser esclarecido devidamente, e de presunção do médium, que deve ter alguma frustração e, se realiza desta forma, ou de uma exibição, ou ainda para gerar melhor aceitação do consulente, que condicionado pela aparência, fica mais receptivo. Já que os Espíritos se podem utilizar dos médiuns que, normalmente não os usam, não vejo porque recorrer à técnica humana quando eles a possuem superior." (Diretrizes de Segurança).

Médium Curador
Nesse sentido o médium de cura deve procurar canalizar seus recursos fluídicos para o bem, sustentado pelos princípios espíritas e pela moral evangélica. Aquele que se vê com esses dotes mediúnicos deve procurar nortear sua conduta a partir dos seguintes itens:
a) Vinculação a um Centro Espírita;
b) Estudo Sistemático Do Espiritismo;
c) Gratuidade Absoluta;
d) Exercício Constante da Humildade;

Finalidade das Curas Espirituais
Qual a finalidade da existência de médiuns curadores?
Quem responde é Divaldo Franco:
"A prática do bem, do auxílio aos doentes. O apóstolo Paulo já dizia: Uns falam línguas estrangeiras, outros profetizam, outros impõe as mãos... Como o Espiritismo é o Consolador, a mediunidade, sendo o campo, a porta pelos quais os Espíritos Superiores semeiam e agem, a faculdade curadora é o veículo da misericórdia para atender a quem padece, despertando-o para as realidades da Vida Maior, a Vida Verdadeira. Após a recuperação da saúde, o paciente já não tem direito de manter dúvidas nem suposições negativas ante a realidade do que experimentou.

Bibliografia
1) Diretrizes de Segurança - Divaldo e Raul Teixeira
2) Psicologia Espírita - Dr. Jorge Andréa
3) Mãos de Luz - Dra. Bárbara Brenan

quinta-feira, 24 de junho de 2010

17ªaula- G.E.DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

Capítulo 15
As Manifestações Visuais, Bicorporeidade e Transfiguração

Quando um Espírito desencarnado faz-se visível, este condensa o seu perispírito num estado próprio para torná-lo visível; mas, nem sempre basta a vontade para que ele torne-se visível: é preciso o concurso de outras circunstâncias, que não dependem dele.
É preciso ainda, que ao Espírito seja permitido tornar-se visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido. Necessita ainda, no caso de ser um Espírito desencarnado, da participação de um médium, que deverá ceder fluidos necessários ao processo, pois a modificação no perispírito opera-se mediante uma combinação deste com o fluido peculiar ao médium.
Essa combinação nem sempre é possível, o que explica não ser generalizada a visibilidade dos Espíritos.
Assim, não basta que o Espírito queira mostrar-se nem tampouco que uma pessoa queira vê-lo, é necessário que entre eles haja uma espécie de afinidade, e também, que a emissão de fluidos da pessoa seja suficientemente abundante para operar a transformação do perispírito e, provavelmente, que se verifiquem outras condições que ainda desconhecemos.
Por sua natureza e em seu estado normal o perispírito é invisível

Bicorporeidade
Este fenômeno é uma variedade das manifestações visuais e baseia-se no princípio das propriedades do perispírito, quer se encontre no mundo dos Espíritos, quer se encontre no mundo dos encarnados.
A faculdade que possui o Espírito encarnado de emancipar-se e de desprender-se do corpo durante a vida, pode permitir a ocorrência de fenômenos análogos aos que os Espíritos desencarnados produzem. Enquanto o corpo se acha sob o efeito do sono, o Espírito pode transportar-se revestido pelo perispírito a lugares diversos, tornando-se visível e aparecendo a outros indivíduos, quer estejam estes acordados ou dormindo, pelo mesmo processo de condensação ou de transformação já estudados. Além de visível torna-se também tangível, de uma forma tão próxima da realidade que permite aos indivíduos afirmarem tê-lo visto em dois lugares ao mesmo tempo. Ele realmente estava em ambos, mas apenas num se achava o corpo material, achando-se no outro o Espírito. Ao despertar o indivíduo, os dois corpos se reúnem
e a vida volta ao corpo material. A este fenômeno denominamos bicorporeidade.

Transfiguração
O fenômeno da transfiguração decorre do princípio de que pode o Espírito dar ao seu perispírito a aparência que desejar; que mediante modificações na disposição molecular, pode dar-lhe visibilidade, tangibilidade e a opacidade; que o perispírito de um encarnado possui as mesmas propriedades, que essa mudança se opera pela combinação dos fluidos.
Imaginemos pois o perispírito de um encarnado, não desprendido do corpo, mas exteriorizado em volta de seu corpo, de maneira a envolvê-lo como uma espécie de vapor. Neste estado se torna passível das mesmas modificações de que o seria se estivesse separado do corpo. Poderá então o perispírito mudar de aspecto, tornar-se brilhante, se tal for a vontade do Espírito ou se ele dispuser de poder para tanto. Um outro Espírito, combinando seus fluidos com os dele poderá, a essa combinação de perispíritos, dar a forma que desejar, mudando temporariamente a forma original e assumindo aquela da entidade espiritual que sobre ele atua. Esta parece ser a causa do fenômeno da transfiguração.
Allan Kardec relata no Livro dos Médiuns vários casos de transfiguração.
Um dos mais belos exemplos de transfiguração encontra-se no Evangelho [Marcos - IX, 2-8]:

"Jesus tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João e os levou em particular ao Monte Tabor. E foi transfigurado diante deles, suas vestes tornaram-se resplandecentes e muito brancas, como nenhum lavadeiro sobre a Terra as pode alvejar."

Vimos assim, de forma sucinta, alguns esclarecimentos básicos para se entender os fenômenos da bicorporeidade e da transfiguração. Para aumentar os seus conhecimentos no assunto, sugerimos que leia a bibliografia recomendada abaixo.

Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
3) Obras Póstumas - Allan Kardec
4) A Gênese - Allan Kardec
5) Revista Espírita - novembro de 1860
6) O Evangelho das Recordações - Eliseu Rigonatti
7) O Apóstolo da Caridade - Eurípedes de Barsanulfo
8) Parábolas e Ensinos de Jesus - Cairbar Schutel

quarta-feira, 16 de junho de 2010

16ªaula- G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

continuação:
Capítulo 14
Perigos e Inconvenientes,
Perda e Suspensão da Faculdade Mediúnica

A característica de quem abusa do exercício mediúnico são:
• acreditar-se privilegiado por possuir a faculdade;
• não atender às solicitações de estudo da Doutrina;
• achar que o guia espiritual ensina tudo;
• não ter horário para trabalhar mediunicamente entregando-se à prática a qualquer hora, ocasião e local;
• fazer trabalhos mediúnicos habitualmente em casa domiciliar;
• cobrar monetária ou moralmente pelos bens que eventualmente possa obter pela faculdade mediúnica.

O médium que emprega mal a sua faculdade está se candidatando:
• a ser veículo de comunicações falsas;
• a ser vítima dos maus Espíritos;
• à obsessão;
• a se constituir em veículo de idéias fantasiosas nascidas de seu próprio Espírito orgulhoso e pretensioso;
• à perda ou suspensão da faculdade mediúnica.


A faculdade mediúnica pode ser retirada em determinadas circunstâncias da vida?
Eis a resposta de Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier:
"Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus fins, o mal servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas; todavia se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade, da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos." [O Consolador - qst 389]
Existem casos em que a interrupção demonstra uma prova de benevolência do Espírito protetor para com o médium, segundo nos esclarece Allan Kardec [LM - it 220].

Os bons Espíritos se afastam dos médiuns por vários motivos. Analisemos alguns:

a) Advertência: quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados.
Como coisas frívolas, citamos a prática dos "ledores da sorte".

b) Benevolência: quando as forças do médium estão esgotadas e seu poder de defesa fica reduzido, para que não caia como presa fácil nas mãos de obsessores, sua faculdade é suspensa, temporariamente, até que volte ao seu estado normal e possa exercitar com eficiência.

c) Provação: quando o médium, apesar de se conduzir com acerto, ter o merecimento por boa conduta moral e não necessitar de descanso tem suas possibilidades mediúnicas diminuídas ou interrompidas, Allan Kardec nos diz que:
"Servem para lhes por a paciência à prova e para lhes experimentar a perseverança".

Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Livro dos Espíritos - Allan Kardec
3) No Invisível - Léon Denis
4) Médiuns e Mediunidades - Vianna de Carvalho / Chico Xavier
5) O Consolador - Emmanuel / Chico Xavier

quarta-feira, 9 de junho de 2010

15ªaula- G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Capítulo 14
Perigos e Inconvenientes, Perda e Suspensão da Faculdade Mediúnica

Após uma centena de anos recebendo os mais variados ataques, que iam da fraude às manifestações demoníacas, surgem novos opositores que não discutem quanto à existência do fenômeno mediúnico espírita, somente acham que a prática da mediunidade é suscetível de levar para caminhos perigosos quem a ela se dedicar. Não se pode negar que o Espiritismo, na sua parte prática, realmente oferece perigos aos imprudentes que, sem estudo e preparo, sem método adequado e sem proteção eficaz, se lançam a aventuras experimentais por passatempo ou frívola diversão, atraindo, para si, elementos inferiores do mundo invisível cuja influência maléfica fatalmente sofrerá.

Estes perigos, no entanto, são por demais exagerados pelos detratores da Doutrina Espírita, a fim de desestimular a aproximação do homem da fonte capaz de matar-lhe a sede de conhecimento acerca de seu destino futuro, terreno este, que foi monopolizado pelas religiões tradicionalistas, as quais não suportam o mais leve exame da lógica e da razão.

Há necessidade de precaução em toda prática ou experimentação que se faça. Ninguém, por exemplo, sem ter conhecimento, pelo menos rudimentar, sobre Química, entraria em um laboratório e se poria a manipular substâncias desconhecidas, a não ser que quisesse colocar em risco sua segurança e a sua saúde. Qualquer coisa poderá ser boa ou má, conforme o uso que se lhe der.

Benefício da Mediunidade
É injusto, porém, ressaltar os possíveis perigos da mediunidade sem assinalar os extraordinários benefícios que propicia, dentre os quais, a comprovação da imortalidade da alma, ponto que sozinho é suficiente para anular a angústia natural do homem, transmitindo-lhe a certeza da continuidade da vida após a sepultura.

Falta de Conhecimento
As dificuldades da experimentação mediúnica estão em proporção com o desconhecimento das leis psíquicas que regem os fenômenos, desconhecimento este que mergulha o homem em um lago de ignorância ou no estímulo para a criação de crendices e absurdos nas quais procura se agarrar.

Constante Aperfeiçoamento Moral
Todo cuidado que tomarmos, incentivando-nos ao conhecimento pelo estudo e ao aperfeiçoamento moral pela prática das virtudes cristã.
Assim, pois, não basta apenas que os mentores nos queiram defender; antes de tudo, é preciso que saibamos nos conservarmos em permanente elevação de propósitos, de pensamentos, de idéias e de ações. Caso contrário, estaremos sujeitos à obsessão, que é a ação persistente de um mau Espírito determinando uma influência perniciosa sobre o estado de equilíbrio psíquico da criatura e até sobre sua saúde física. É a moral descuidada e menosprezada gerando estados lastimáveis de Espírito e de corpos também.

Mediunidade e Estados Patológicos
No início do Movimento Espírita, observações superficiais, constatando o grande número de pessoas desequilibradas, levantaram a hipótese de que a mediunidade seria um estado patológico, ou seja, doença da mente do médium. Perguntados sobre a questão, eis como os Espíritos responderam:
“a faculdade mediúnica é um estado "anômalo, às vezes, porém, não patológico;há médium de saúde robusta; os doentes os são por outras causas." [LM - cap XVIII]

Acreditava-se também que o exercício prolongado da faculdade mediúnica produzia alguma fadiga sobre o médium e que isto podia ser motivo de contra-indicar o seu uso. Note-se, porém, que o uso de qualquer faculdade por tempo prolongado causa o cansaço e a fadiga, porém, estes serão do corpo, do organismo do intermediário e nunca do Espírito, que até se fortalecerá de acordo com a natureza do trabalho que efetue.

"Poderia a mediunidade produzir a loucura?
R. Não mais do que qualquer outra coisa, desde que não haja pré-disposição para isso, em virtude de fraqueza cerebral. A mediunidade não produzirá a loucura, quando esta já não exista em gérmen; porém, existindo este, o bom-senso está a dizer que se deve usar de cautelas, sob todos os pontos de vista, porquanto qualquer abalo pode ser prejudicial. "[LM - cap. XVIII]

O que se observa na prática é a existência de inúmeros casos, que são rotulados como doença mental segundo os cânones científicos, e que nada mais é que simples perturbação espiritual, que tratada convenientemente, cede por completo.
Há casos em que a mediunidade não encarada como merecedora de cuidados especiais, gera obsessões de curto, médio e longos cursos, que somente um tratamento adequado e paciencioso poderá resolver. Assim, nem todos os que apresentam sintomas de desequilíbrio psíquico devem ser encarados como médiuns em potencial, e até, pelo contrário, não se deve estimular o exercício mediúnico nas pessoas de caracteres impressionáveis e fracos, a fim de evitar conseqüências desagradáveis.

Continuação na próxima aula

quarta-feira, 2 de junho de 2010

14ªaula G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Capítulo 13
Médiuns Escreventes e Falantes
Os Espíritos podem manifestar-se entre os encarnados através de inúmeras maneiras. A primeira condição para que haja um intercâmbio entre as duas esferas da vida, é que o encarnado seja portador da capacidade mediúnica. Faculdade essa, que não se revela da mesma maneira em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades quantas são as espécies de manifestações.
a) Psicografia: meio de comunicação mediúnica a se traduzir através da escrita
b) Psicofonia: intercâmbio mediúnico a se realizar através da fala.

Classificação dos Médiuns Escreventes
a) Médiuns Escreventes Mecânicos: a aptidão do médium permite ao Espírito comunicante atuar diretamente no centro motor correspondente à mão, impulsionando-a de modo independente da sua vontade. A mão se move sem interrupção e sem embargo. O que caracteriza o fenômeno é o total desconhecimento do médium sobre o que escreve. É uma faculdade preciosa, pois não deixa dúvida alguma sobre a independência do pensamento daquele que se comunica. O papel do médium mecânico se assemelha ao de uma máquina copiadora. São raros os médiuns portadores dessa capacidade.
b) Médiuns Escreventes Semimecânicos: o médium sente que a sua mão uma impulsão é dada, mal grado seu, mas, ao mesmo tempo, tem consciência do que escreve à medida que as palavras se formam. É mais comum esse tipo de capacidade.
c) Médiuns Escreventes Intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. O médium sente sua vontade dirigida por outra, sua postura é mais atuante. O papel do médium então é o de transmitir o pensamento do Espírito, livre como o faria um intérprete. Tem plena consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. No princípio do desenvolvimento da faculdade, o médium tem dificuldade em distinguir o que é seu e o que não é. Segundo Kardec, é possível reconhecer-se o pensamento sugerido, por não ser nunca preconcebido, nasce à medida que a escrita vai sendo traçada e, algumas vezes, é contrária à idéia que antecipadamente se formara.

Classificação dos Médiuns Falantes
a) Médiuns Falantes Inconscientes: a psicofonia inconsciente se processa sem a ligação dos centros conscientes do cérebro mediúnico à mente do hóspede que a utiliza. Este psiquismo mediúnico cede espontaneamente seus recursos ao Espírito comunicante, sem qualquer dificuldade para desligar-se, de maneira automática, do campo sensório, perdendo, provisoriamente, o contato com os centros motores da vida cerebral. Por isso é que o Espírito comunicante tem maior possibilidade de intervenção "material", tais como: alteração no tom de voz, caracterização de sotaque, podendo até alterar momentaneamente a fisionomia do médium que, ao sair do transe, não guardará lembrança do ocorrido no momento do fenômeno. O médium pode permanecer mais próximo e atento ao organismo físico ou mais tranqüilo e
afastado, embora sempre presente e responsável. O que determina o maior ou menor afastamento é o estado de equilíbrio e o grau evolutivo do Espírito comunicante.
Importante: a psicofonia inconsciente se evidencia em duas condições:
1º) aos médiuns que possuam méritos morais suficientes à própria defesa;
2º) nos obsessos que se renderam às forças vampirizadoras.

b) Médiuns Falantes Semiconscientes: o médium cederia ao Espírito comunicante o comando do centro motor correspondente à fala, mas se manteria informado do fenômeno, ou seja, teria de forma mais ou menos lúcida, consciência do que o Espírito estaria falando ou fazendo através do seu corpo. Os médiuns semiconscientes costumam guardar com maior clareza as sensações e as emoções. Com relação às palavras a lembrança é mais vaga. Esta faculdade aparece com mais freqüência.
c) Médiuns Falantes Conscientes: os centros motores cerebrais do médium permanecem no comando das suas funções e o médium se mantém informado de tudo o que acontece, podendo conhecer as palavra na sua formação, arquivando-as de maneira automática, no centro da memória.

Classificação dos Médiuns segundo o Grau de Desenvolvimento da Faculdade
a) Médiuns Novatos: são inseguros, resistentes aos fenômenos ou descontrolados. As faculdades não devidamente adestradas traduzem as comunicações de forma lenta, destorcidas, mal filtradas. O médium tem maior dificuldade de refazimento. Geralmente duvida da veracidade da comunicação.
b) Médiuns Experimentados: a transmissão das comunicações é feita com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este seja resultado de exercício metódico, continuado e regular. O médium experimentado tem condições de fazer distinção do Espírito comunicante.
É resultado de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo.
Segundo Kardec, o mal é que muitos médiuns confundem experiência - fruto do estudo, com aptidão - produto da organização física.
c) Médiuns Improdutivos: os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão, frases incompletas, idéias corriqueiras, etc...
Por outro lado, também podem ser prolixos, com comunicações sobrecarregadas de repetições e termos impróprios.
"O médium por si mesmo nada representa, e jamais deverá adotar a pretensão de realizar isto ou aquilo sem antes observar se, realmente, é influenciado pelas verdadeiras forças espirituais superiores." Yvonne A. Pereira
Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
3) Memórias de um Suicida - Yvonne A. Pereira
4) Recordações da Mediunidade - Yvonne A. Pereira

quarta-feira, 26 de maio de 2010

13ªaula- G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

O Papel do Médium nas Comunicações
Capítulo 12
Três fatores básicos a observar na comunicação mediúnica: o Espírito, o meio e o médium.
Vamos analisar um destes fatores isoladamente, verificando o papel do médium nas comunicações.

O apóstolo Paulo [II Coríntios-4:7] afirma:
"Temos este tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nosso."

Exalta, assim, a responsabilidade e a renúncia com que se deve revestir a tarefa mediúnica.
A mediunidade funciona como um refletor da vida espiritual. Quanto melhores as condições do aparelho, tanto mais fiéis as impressões transmitidas. O oposto, igualmente ocorre, gerando imperfeições e distorções na transmissão da mensagem.

O médium é a fonte receptora que irá transmitir conforme as suas condições e capacidades moral, cultural e emocional.
 A fonte transmissora é o Espírito comunicante que projeta as vibrações com limpidez e vai depender do médium a transmissão do seu pensamento.

Segundo estas condições do receptor, teremos a comunicação mediúnica com maior ou menor nitidez e fidelidade.
O médium sempre participa do fenômeno mediúnico e é importante o seu papel no desempenho dessa faculdade.
Em Livro dos Médiuns - cap XIX, Allan Kardec se dedica ao estudo do papel do médium na comunicação.

O Espírito do médium é o filtro do pensamento do Espírito comunicante.
Allan Kardec faz uma comparação do Espírito do médium como sendo o intérprete do Espírito que deseja comunicar, porque está ligado ao corpo que serve para falar e por ser necessário um elo entre o médium e o Espírito, como é necessário um fio elétrico para comunicar a grande distância uma notícia, e na extremidade do fio ou aparelho, uma pessoa inteligente que receba e transmita.

Os fenômenos mediúnicos são regidos por leis severas, que não se submetem aos caprichos e exigências dos participantes.
A organização neuropsíquica do médium deve ajustar-se às leis de sintonia e afinidade, acionando amplos equipamentos, para que a comunicação seja equilibrada e atinja o objetivo.O mecanismo mediúnico é composta de:
Perispírito: afinação fluídica e vibratória

Allan Kardec inicia com a seguinte indagação:
"O médium, no momento em que exerce a sua faculdade está num estado perfeitamente normal?
R. Está num estado de crise mais ou menos pronunciado (...). Na maioria das vezes seu estado não difere do normal, principalmente nos médiuns escreventes."
Este estado de crise ou de exteriorização perispiritual é muito importante para a compreensão do estado do médium e sua participação no fenômeno mediúnico.
Dependendo do grau de exteriorização perispiritual a faculdade mediúnica apresentará diferentes graus de percepção.

Kardec indaga:
"As comunicações escritas ou verbais podem provir do próprio Espírito do médium?
R. A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra. Se ela goza de algum grau de liberdade, recobra a sua qualidade de Espírito."
E prossegue Kardec indagando:
"Como distinguir se a comunicação é do próprio médium ou de Espírito desencarnado?
R. Pela natureza das comunicações. Estudem as circunstâncias e linguagem e vocês distinguirão. “Estudar e observar.”

Em torno deste estudo Allan Kardec tece importantes considerações sobre o papel do médium nas comunicações:
• Qualquer que seja a natureza das comunicações, elas se processam através da irradiação do pensamento.
• O Espírito que se comunica requer elementos necessários para dar vestimenta a este pensamento. Não há linguagem articulada no mundo espiritual.
• A comunicação terá a forma e a "cor" do pensamento do médium.
Ele cita o exemplo das lunetas coloridas: é como se observássemos paisagens diferentes através de lunetas verdes, azuis e brancas. Embora as paisagens sejam diversificadas, terão a coloração da luneta com que se observe.

Erasto [LM - cap XIX] diz:
"Assim quando encontramos um médium com o cérebro cheio de conhecimento anterior latente, dele nos servimos de preferência, porque com ele, o esforço da comunicação nos é muito mais fácil do que com um médium cuja inteligência fosse limitada e cujos conhecimentos anteriores tenham sido insuficientes."

Vimos como o médium participa do fenômeno mediúnico e muitas vezes ao iniciarmos o desenvolvimento, quando estamos começando a dar as primeiras comunicações, somos assaltados com indagações e dúvidas:

"Como saberá o médium se o pensamento é seu ou do Espírito comunicante?"

Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] nos diz:
"Com o estudo edificante, a meditação e o discernimento adquiriremos a capacidade de conhecer a nossa freqüência vibratória. Saberemos comparar o nosso próprio estilo, pontos de vista, hábitos e modos, com os revelados durante o transe mediúnico, ou a simples inspiração quando escrevemos ou pregamos a doutrina. Não será problema tão difícil separar o nosso, do pensamento do Espírito comunicante. A aplicação aos estudos espíritas, com sinceridade, dar-nos-á, sem dúvida, a chave de muitos enigmas."

Bibliografia
1) Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
3) Obras Póstumas - Allan Kardec
4) Revista Internacional do Espiritismo, 06/92 - Lauro F. de Carvalho
5) Médiuns e Mediunidades - Vianna de Carvalho / Divaldo P. Franco
6) Nos Alicerces do Psiquismo - Jorge Andréa
7) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva

quarta-feira, 19 de maio de 2010

12ªaula-G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Continuação do capítulo 11
Influência Moral do Médium e do Meio

A Autenticidade da Comunicação
A autenticidade de uma comunicação é um dos maiores escolhos à prática mediúnica. Não a autenticidade no sentido de se saber quem é o Espírito comunicante, mas no sentido de saber o que é o Espírito. Se for um Espírito sério ou zombeteiro, leviano ou interessado em aprender, bondoso ou irresponsável.

Reconhecer a natureza de um Espírito
É através da impressão que os seus fluidos causam no medianeiro. Isto porque os Espíritos podem falsear a sua aparência, a sua voz, o seu estilo, mas jamais poderão falsificar os seus fluidos. Espíritos bons fabricam bons fluidos que causam no médium uma impressão agradável, prazerosa, de bem estar. Os Espíritos inferiores, por sua vez, produzem fluidos pesados, densos que vão proporcionar ao médium uma impressão desagradável.
Atenção:No entanto, para registrarmos as características de um fluido espiritual é necessário que o médium se eleve moralmente,porque um médium excessivamente ligado ao apego às coisas materiais, que venha a receber a comunicação de um Espírito avarento, nada de penoso sentirá com a aproximação desse Espírito, pois, os seus fluidos se equivalem.

Comunicação de Espíritos Superiores
Para que um Espírito se comunique em uma reunião mediúnica, precisa encontrar um médium que se ache em sintonia com as suas vibrações mentais. Do contrário, o intermediário não conseguirá assimilar suas idéias e seus pensamentos. Os Espíritos superiores vibram em uma frequência mental muito alta, daí a necessidade de médiuns bem equilibrados, sadios eticamente para que possam permitir a sintonia vibratória e a comunicação torne-se uma realidade.
  • Algumas vezes, quando estas mensagens são muito importantes, o Espírito superior pode atuar a distância, tendo como intermediário outro Espírito em condições vibratórias menos elevadas.Denomina-se este processo de Telemediunidade:
ESPÍRITO SUPERIOR “JOGA A IDEIA”
ESPIRITO DO MEDIUM CAPTA A IDEIA E REDUZ A FREQUENCIA DAS ONDAS MENTAIS
MEDIUM ENCARNADO CONSEGUE ASSIMILAR A MENSAGEM


Qualidade da Comunicação
A moralidade do médium, seus recursos intelectuais, sua cultura, são elementos que terão uma participação efetiva nas comunicações espirituais.
A saber: A condição moral de Chico Xavier é que deu condições espirituais para que os livros fossem ditados.

Estado Geral do Médium
O estado físico-psíquico do médium durante a comunicação mediúnica e, principalmente, ao término da comunicação, depende, também, intimamente dos esforços empreendidos por ele em seu progresso espiritual. A sensação de mal estar, de medo, de angústia, as emoções desagradáveis que acompanham a comunicação, surgem em função da absorção de fluidos deletérios emitidos pela entidade em sofrimento.

Só existe uma forma de dissolver os fluidos ruins
Antepondo-lhes fluidos bons. Os fluidos bons têm uma ação desagregadora das moléculas dos fluidos negativos.
Portanto, quanto mais sadia do ponto de vista moral, for a vida do médium, melhores serão os seus fluidos que, mais rapidamente, irão neutralizar as vibrações pestilentas dos comunicantes, devolvendo ao medianeiro a sensação de bem estar e de tranqüilidade íntima.

Doação de Fluidos Salutares
Quando uma entidade sofredora é levada a uma reunião de labores mediúnicos, deseja-se, obviamente, que ela seja orientada e esclarecida pelos doutrinadores. No entanto, deseja-se também que esta entidade venha a receber energias boas, fluidos salutares do grupo mediúnico, mas, principalmente, do médium. Denomina-se este encontro:
Espírito sofredor + fluidos do médium = choque anímico.

Essas energias sadias absorvidas pela entidade durante a comunicação terão um papel fundamental em sua recuperação espiritual "limpando" os seus centros de força e revigorando suas forças combalidas pelos pensamentos deprimentes.
Todavia, para que o medianeiro passa doar fluidos bons é preciso que tenha fluidos bons, e, só tem fluidos bons, quem vive bem.

Obsessão
A obsessão é um problema que o médium vai se defrontar durante toda a sua vida. Médiuns notáveis, portadores de faculdade mediúnicas extraordinárias e que vieram a cair drasticamente por influenciação obsessiva.
Só existe uma forma de precatar-se de um processo obsessivo:
Vivendo de tal forma que os Espíritos da sombra não possam atuar em nossos campos mentais.
A atitude mental superior, a prática constante do bem, o combate às viciações estarão elevando as nossas vibrações espirituais e nos colocando fora da faixa de influência dos Espíritos obsessivos.
Divaldo Franco assim se manifesta: "Nosso caráter é a nossa defesa."

Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Nos Bastidores da Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco
3) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
4) Tramas do Destino - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco
5) Diversidade dos Carismas - Hermínio Miranda

12ªaula-G.E.de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Continuação do capítulo 11
Influência Moral do Médium e do Meio

A Autenticidade da Comunicação
A autenticidade de uma comunicação é um dos maiores escolhos à prática mediúnica. Não a autenticidade no sentido de se saber quem é o Espírito comunicante, mas no sentido de saber o que é o Espírito. Se for um Espírito sério ou zombeteiro, leviano ou interessado em aprender, bondoso ou irresponsável.

Reconhecer a natureza de um Espírito
É através da impressão que os seus fluidos causam no medianeiro. Isto porque os Espíritos podem falsear a sua aparência, a sua voz, o seu estilo, mas jamais poderão falsificar os seus fluidos. Espíritos bons fabricam bons fluidos que causam no médium uma impressão agradável, prazerosa, de bem estar. Os Espíritos inferiores, por sua vez, produzem fluidos pesados, densos que vão proporcionar ao médium uma impressão desagradável.
Atenção:No entanto, para registrarmos as características de um fluido espiritual é necessário que o médium se eleve moralmente,porque um médium excessivamente ligado ao apego às coisas materiais, que venha a receber a comunicação de um Espírito avarento, nada de penoso sentirá com a aproximação desse Espírito, pois, os seus fluidos se equivalem.

Comunicação de Espíritos Superiores
Para que um Espírito se comunique em uma reunião mediúnica, precisa encontrar um médium que se ache em sintonia com as suas vibrações mentais. Do contrário, o intermediário não conseguirá assimilar suas idéias e seus pensamentos. Os Espíritos superiores vibram em uma frequência mental muito alta, daí a necessidade de médiuns bem equilibrados, sadios eticamente para que possam permitir a sintonia vibratória e a comunicação torne-se uma realidade.
  • Algumas vezes, quando estas mensagens são muito importantes, o Espírito superior pode atuar a distância, tendo como intermediário outro Espírito em condições vibratórias menos elevadas.Denomina-se este processo de Telemediunidade:
ESPÍRITO SUPERIOR “JOGA A IDEIA”
ESPIRITO DO MEDIUM CAPTA A IDEIA E REDUZ A FREQUENCIA DAS ONDAS MENTAIS
MEDIUM ENCARNADO CONSEGUE ASSIMILAR A MENSAGEM


Qualidade da Comunicação
A moralidade do médium, seus recursos intelectuais, sua cultura, são elementos que terão uma participação efetiva nas comunicações espirituais.
A saber: A condição moral de Chico Xavier é que deu condições espirituais para que os livros fossem ditados.

Estado Geral do Médium
O estado físico-psíquico do médium durante a comunicação mediúnica e, principalmente, ao término da comunicação, depende, também, intimamente dos esforços empreendidos por ele em seu progresso espiritual. A sensação de mal estar, de medo, de angústia, as emoções desagradáveis que acompanham a comunicação, surgem em função da absorção de fluidos deletérios emitidos pela entidade em sofrimento.

Só existe uma forma de dissolver os fluidos ruins
Antepondo-lhes fluidos bons. Os fluidos bons têm uma ação desagregadora das moléculas dos fluidos negativos.
Portanto, quanto mais sadia do ponto de vista moral, for a vida do médium, melhores serão os seus fluidos que, mais rapidamente, irão neutralizar as vibrações pestilentas dos comunicantes, devolvendo ao medianeiro a sensação de bem estar e de tranqüilidade íntima.

Doação de Fluidos Salutares
Quando uma entidade sofredora é levada a uma reunião de labores mediúnicos, deseja-se, obviamente, que ela seja orientada e esclarecida pelos doutrinadores. No entanto, deseja-se também que esta entidade venha a receber energias boas, fluidos salutares do grupo mediúnico, mas, principalmente, do médium. Denomina-se este encontro:
Espírito sofredor + fluidos do médium = choque anímico.

Essas energias sadias absorvidas pela entidade durante a comunicação terão um papel fundamental em sua recuperação espiritual "limpando" os seus centros de força e revigorando suas forças combalidas pelos pensamentos deprimentes.
Todavia, para que o medianeiro passa doar fluidos bons é preciso que tenha fluidos bons, e, só tem fluidos bons, quem vive bem.

Obsessão
A obsessão é um problema que o médium vai se defrontar durante toda a sua vida. Médiuns notáveis, portadores de faculdade mediúnicas extraordinárias e que vieram a cair drasticamente por influenciação obsessiva.
Só existe uma forma de precatar-se de um processo obsessivo:
Vivendo de tal forma que os Espíritos da sombra não possam atuar em nossos campos mentais.
A atitude mental superior, a prática constante do bem, o combate às viciações estarão elevando as nossas vibrações espirituais e nos colocando fora da faixa de influência dos Espíritos obsessivos.
Divaldo Franco assim se manifesta: "Nosso caráter é a nossa defesa."

Bibliografia
1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Nos Bastidores da Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco
3) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
4) Tramas do Destino - Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco
5) Diversidade dos Carismas - Hermínio Miranda

quarta-feira, 12 de maio de 2010

11ªaula-G.E.de Estudos e trabalhos Mediúnicos

Capítulo 11
Influência Moral do Médium e do Meio

Allan Kardec [LM - it 226] propõe aos benfeitores espirituais a seguinte indagação:

"- O desenvolvimento da mediunidade está em relação como o desenvolvimento moral do médium?
R. Não. “A faculdade propriamente dita é orgânica, não depende da moral, mas o mesmo acontece com o seu uso, que pode ser bom ou mal, dependendo dos valores morais do medianeiro.”

Quando perguntaram ao benfeitor Emmanuel qual era a maior necessidade do médium, ele disse:
"A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo." e "vence nos labores mediúnicos o médium que detiver a maior carga de sentimento."

Afinidade Fluídica e Sintonia Vibratória
Os benfeitores espirituais nos fazem ver que os fenômenos mediúnicos também são regidos por leis severas, inflexíveis, qual ocorre com as demais e que se não submetem as nossas vontades.
Allan Kardec orienta que "Para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium." Esta identificação não se pode verificar, se não houver entre um e outro, simpatia, e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração ou de repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles.

Esta afinidade ou simpatia apresenta duas condições distintas:
• afinidade fluídica;
• sintonia vibratória (afinidade moral).

a) Afinidade Fluídica: é de natureza estrutural, uma disposição inata do organismo, não dependendo dos valores morais, gostos, tendências do Espírito e médium.
A facilidade das comunicações depende da categoria de semelhança existente entre os dois fluidos, que também vai estabelecer a intensidade da assimilação fluídica e a maior ou menor impressão causada ao médium. Assim, determinado médium pode ser um bom instrumento para um Espírito e mau para outro. Disso resulta que de dois médiuns igualmente bem dotados e postos um do lado do outro, um Espírito que se dispõe à comunicação mediúnica se manifestará por meio de um, e não do outro médium, aonde não encontra a aptidão orgânica necessária. Mas, à proporção que o médium exercita-se no trabalho mediúnico, desenvolve e adquire qualidades necessárias para a realização dos fenômenos e entre em relação com um número maior de Espíritos comunicantes. Com muita freqüência, o contato entre Espírito e médium se faz gradativamente, com o tempo; raramente se estabelece desde o primeiro momento. E o contato antecipado, que ocorre antes mesmo da sessão mediúnica, tem o propósito de provocar e ativar a assimilação fluídica, fase esta que o Espírito Manoel Philomeno de Miranda denomina de "fase de pré-imantação fluídica", e que vem atenuar as dificuldades existentes.

b) Sintonia Vibratória (Afinidade Moral): pessoas de moral idêntica se atraem e de moral contrária se repelem.
Fundamenta-se esta lei no princípio de que para um Espírito assimilar os pensamentos de outro, necessita estar emitindo ondas mentais na mesma freqüência vibratória. A afinidade moral depende inteiramente das condições éticas, que se referem à conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal.
Através da afinidade moral, o Espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais.


continua na próxima postagem

11ªaula-G.E.de Estudos e trabalhos Mediúnicos

Capítulo 11
Influência Moral do Médium e do Meio

Allan Kardec [LM - it 226] propõe aos benfeitores espirituais a seguinte indagação:

"- O desenvolvimento da mediunidade está em relação como o desenvolvimento moral do médium?
R. Não. “A faculdade propriamente dita é orgânica, não depende da moral, mas o mesmo acontece com o seu uso, que pode ser bom ou mal, dependendo dos valores morais do medianeiro.”

Quando perguntaram ao benfeitor Emmanuel qual era a maior necessidade do médium, ele disse:
"A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo." e "vence nos labores mediúnicos o médium que detiver a maior carga de sentimento."

Afinidade Fluídica e Sintonia Vibratória
Os benfeitores espirituais nos fazem ver que os fenômenos mediúnicos também são regidos por leis severas, inflexíveis, qual ocorre com as demais e que se não submetem as nossas vontades.
Allan Kardec orienta que "Para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium." Esta identificação não se pode verificar, se não houver entre um e outro, simpatia, e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração ou de repulsão, conforme o grau de semelhança existente entre eles.

Esta afinidade ou simpatia apresenta duas condições distintas:
• afinidade fluídica;
• sintonia vibratória (afinidade moral).

a) Afinidade Fluídica: é de natureza estrutural, uma disposição inata do organismo, não dependendo dos valores morais, gostos, tendências do Espírito e médium.
A facilidade das comunicações depende da categoria de semelhança existente entre os dois fluidos, que também vai estabelecer a intensidade da assimilação fluídica e a maior ou menor impressão causada ao médium. Assim, determinado médium pode ser um bom instrumento para um Espírito e mau para outro. Disso resulta que de dois médiuns igualmente bem dotados e postos um do lado do outro, um Espírito que se dispõe à comunicação mediúnica se manifestará por meio de um, e não do outro médium, aonde não encontra a aptidão orgânica necessária. Mas, à proporção que o médium exercita-se no trabalho mediúnico, desenvolve e adquire qualidades necessárias para a realização dos fenômenos e entre em relação com um número maior de Espíritos comunicantes. Com muita freqüência, o contato entre Espírito e médium se faz gradativamente, com o tempo; raramente se estabelece desde o primeiro momento. E o contato antecipado, que ocorre antes mesmo da sessão mediúnica, tem o propósito de provocar e ativar a assimilação fluídica, fase esta que o Espírito Manoel Philomeno de Miranda denomina de "fase de pré-imantação fluídica", e que vem atenuar as dificuldades existentes.

b) Sintonia Vibratória (Afinidade Moral): pessoas de moral idêntica se atraem e de moral contrária se repelem.
Fundamenta-se esta lei no princípio de que para um Espírito assimilar os pensamentos de outro, necessita estar emitindo ondas mentais na mesma freqüência vibratória. A afinidade moral depende inteiramente das condições éticas, que se referem à conduta humana, suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal.
Através da afinidade moral, o Espírito comunicante e o médium se fundem na unidade psico-afetiva da comunicação. O Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas vibrações espirituais.


continua na próxima postagem

quarta-feira, 5 de maio de 2010

10ªaula-G.E de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Capítulo 10
Fluidoterapia

"... a fazer passes o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos, mas esse concurso só é conhecido à fé sincera e a pureza de intenção." Revista Espírita [1864-pg 7]

"A faculdade de curar pela imposição das mãos tem sem dúvida alguma o princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimentos, desinteresse, benevolência, desejo ardente de aliviar, prece e confiança em Deus." Obras Póstumas [parte I-it 92]

Deduzimos então, pelas colocações do Codificador, que o passe espírita não precisa de técnicas sofisticadas.
O passe é a passagem de uma pessoa para outra de uma certa quantidade de energia fluídica,
dependendo esta, do estado de saúde do passista e do seu grau de desenvolvimento. É dado de mente para mente. É a mente que produz fluidos bons e não as mãos mexendo de baixo para cima, de cima para baixo no doente.
Desnecessária ainda a chamada "limpeza fluídica", quando, pretendendo retirar fluidos deletérios do organismo doente, o passista usa gestos de expulsão dos fluidos. Kardec elucida:
"O fluido bom expulsa o fluido ruim."
Os técnicos em magnetismo são os Espíritos. Nós somos instrumentos motivados pelo amor ao nosso próximo. Há, numa Casa Espírita bem organizada, toda uma equipe espiritual coordenando o trabalho da bioenergia na sala de passes.
Precisamos dar um sentido ético e uma direção segura à doação fluídica, apenas estendendo as mãos sobre a cabeça do paciente. As mãos transmitem as energias que a mente do passista fabrica e capta.
A mente age como uma antena quando recebemos os recursos do plano superior e também quando retiramos estes recursos do próprio organismo.
É importante o passista preparar-se sempre convenientemente, o mais que puder, e encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal doando o que de melhor tenha em sentimento e vibração.
Espiritismo é uma doutrina essencialmente consoladora, uma doutrina de reeducação da alma - postula um novo caminho para o homem se elevar livre de dogmas, de rituais, de esquemas.
É necessário esclarecer o passista sobre esse "folclore", livrando-o desse conjunto de crenças, lendas, costumes, formados de um aparato mágico supostamente necessário para a transmissão do passe. Embora a Doutrina Espírita seja contrária a qualquer prática destituída de fundamento, existe, no seu meio, o freqüentador que, levado por condicionamentos viciosos, fica aguardando passe sem qualquer reconhecida necessidade para isso.
A primeira função do Espiritismo é educar. Os seus princípios convocam a alma humana à luta pelo próprio desenvolvimento moral e intelectual.
As propostas da Doutrina pairam acima de interesses imediatistas para ao homem acenar com resoluções mais seguras e definitivas.
Ter consciência espírita significa estar se esforçando no curso de cada dia para viver em amor; meta que pode ser atingida pela autodisciplina. Contudo, um grande número de pessoas chegam às Casas Espíritas buscando a saúde do corpo. A abençoada mediunidade de cura chega ao mundo como instrumento de amparo às criaturas abatidas pelo sofrimento.
Curar o corpo é favorecer a alma na sua caminhada terrena. Mas, à luz da Doutrina Espírita, educar é a finalidade; curar é o meio de se chegar à finalidade.

Água Fluida
No capítulo da fluidoterapia temos na água fluidificada outro elemento de valor. É utilizada no meio espírita como complemento do passe, tornando-se portadora de recursos medicamentosos.
Há todo um manejo de fluidos modificando a água através da química mental.
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." Emmanuel / Chico Xavier

Irradiação
Na irradiação, os fluidos também têm importância real. Léon Denis [No Invisível - cap I] observa:
"A força magnética por certos homens projetada pode de perto ou de longe fazer sentir sua influência, aliviar, curar."

Passe à Distância
É uma modalidade da irradiação quando a sintonia é condição básica. [Nos Domínios da Mediunidade - cap 17]:
"- O passe pode ser dispensado a distância?
- Sim, desde que haja sintonia entre o que recebe e o que administra."

Sessões Mediúnicas
Allan Kardec [Revista Espírita - ano 1866, pg 349]:
"No passe o fluido age de certo modo materialmente sob os órgãos afetados, ao passo que, na obsessão, deve agir moralmente sobre o Espírito obsessor."

Buscando o medianeiro ajuda espiritual, pois sem a assistência dos bons Espíritos fica o médium reduzido às suas próprias forças, insuficientes por vezes, mas, centuplicadas em poder e eficácia se unidas ao fluido depurado dos mensageiros de Jesus.
O passe é transmissão de energias humanas somadas com as emanações divinas encontradas nos reservatórios da natureza. Sustentando-se na prece, o passista é um intermediário consciente que, humilde, se ergueu para Deus. Nenhum passista pode dispensar a oração ao reconhecer, na prece, o benefício que ela proporciona. E a oração não tem fórmula, é vibração sincera da alma, e quanto mais sincera for maior teor vibratório alcança e mais energia soma.
A essência do passe é o amor.
Herculano Pires alcança a questão com uma objetividade admirável:

"É tão simples um passe que não podemos fazer
mais do que dá-lo."
"O passe é um ato de amor."

Bibliografia
(1) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
(2) Obras Póstumas - Allan Kardec
(3) A Gênese - Allan Kardec
(4) Passe e Passista - Roque Jacinto
(5) Obsessão - o Passe - a Doutrinação - J. Herculano Pires
(6) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
(7) Missionários da Luz - André Luiz / Chico Xavier
(8) Mecanismos da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
(9) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva

10ªaula-G.E de Estudos e Trabalhos Mediúnicos

Capítulo 10
Fluidoterapia

"... a fazer passes o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos, mas esse concurso só é conhecido à fé sincera e a pureza de intenção." Revista Espírita [1864-pg 7]

"A faculdade de curar pela imposição das mãos tem sem dúvida alguma o princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimentos, desinteresse, benevolência, desejo ardente de aliviar, prece e confiança em Deus." Obras Póstumas [parte I-it 92]

Deduzimos então, pelas colocações do Codificador, que o passe espírita não precisa de técnicas sofisticadas.
O passe é a passagem de uma pessoa para outra de uma certa quantidade de energia fluídica,
dependendo esta, do estado de saúde do passista e do seu grau de desenvolvimento. É dado de mente para mente. É a mente que produz fluidos bons e não as mãos mexendo de baixo para cima, de cima para baixo no doente.
Desnecessária ainda a chamada "limpeza fluídica", quando, pretendendo retirar fluidos deletérios do organismo doente, o passista usa gestos de expulsão dos fluidos. Kardec elucida:
"O fluido bom expulsa o fluido ruim."
Os técnicos em magnetismo são os Espíritos. Nós somos instrumentos motivados pelo amor ao nosso próximo. Há, numa Casa Espírita bem organizada, toda uma equipe espiritual coordenando o trabalho da bioenergia na sala de passes.
Precisamos dar um sentido ético e uma direção segura à doação fluídica, apenas estendendo as mãos sobre a cabeça do paciente. As mãos transmitem as energias que a mente do passista fabrica e capta.
A mente age como uma antena quando recebemos os recursos do plano superior e também quando retiramos estes recursos do próprio organismo.
É importante o passista preparar-se sempre convenientemente, o mais que puder, e encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal doando o que de melhor tenha em sentimento e vibração.
Espiritismo é uma doutrina essencialmente consoladora, uma doutrina de reeducação da alma - postula um novo caminho para o homem se elevar livre de dogmas, de rituais, de esquemas.
É necessário esclarecer o passista sobre esse "folclore", livrando-o desse conjunto de crenças, lendas, costumes, formados de um aparato mágico supostamente necessário para a transmissão do passe. Embora a Doutrina Espírita seja contrária a qualquer prática destituída de fundamento, existe, no seu meio, o freqüentador que, levado por condicionamentos viciosos, fica aguardando passe sem qualquer reconhecida necessidade para isso.
A primeira função do Espiritismo é educar. Os seus princípios convocam a alma humana à luta pelo próprio desenvolvimento moral e intelectual.
As propostas da Doutrina pairam acima de interesses imediatistas para ao homem acenar com resoluções mais seguras e definitivas.
Ter consciência espírita significa estar se esforçando no curso de cada dia para viver em amor; meta que pode ser atingida pela autodisciplina. Contudo, um grande número de pessoas chegam às Casas Espíritas buscando a saúde do corpo. A abençoada mediunidade de cura chega ao mundo como instrumento de amparo às criaturas abatidas pelo sofrimento.
Curar o corpo é favorecer a alma na sua caminhada terrena. Mas, à luz da Doutrina Espírita, educar é a finalidade; curar é o meio de se chegar à finalidade.

Água Fluida
No capítulo da fluidoterapia temos na água fluidificada outro elemento de valor. É utilizada no meio espírita como complemento do passe, tornando-se portadora de recursos medicamentosos.
Há todo um manejo de fluidos modificando a água através da química mental.
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." Emmanuel / Chico Xavier

Irradiação
Na irradiação, os fluidos também têm importância real. Léon Denis [No Invisível - cap I] observa:
"A força magnética por certos homens projetada pode de perto ou de longe fazer sentir sua influência, aliviar, curar."

Passe à Distância
É uma modalidade da irradiação quando a sintonia é condição básica. [Nos Domínios da Mediunidade - cap 17]:
"- O passe pode ser dispensado a distância?
- Sim, desde que haja sintonia entre o que recebe e o que administra."

Sessões Mediúnicas
Allan Kardec [Revista Espírita - ano 1866, pg 349]:
"No passe o fluido age de certo modo materialmente sob os órgãos afetados, ao passo que, na obsessão, deve agir moralmente sobre o Espírito obsessor."

Buscando o medianeiro ajuda espiritual, pois sem a assistência dos bons Espíritos fica o médium reduzido às suas próprias forças, insuficientes por vezes, mas, centuplicadas em poder e eficácia se unidas ao fluido depurado dos mensageiros de Jesus.
O passe é transmissão de energias humanas somadas com as emanações divinas encontradas nos reservatórios da natureza. Sustentando-se na prece, o passista é um intermediário consciente que, humilde, se ergueu para Deus. Nenhum passista pode dispensar a oração ao reconhecer, na prece, o benefício que ela proporciona. E a oração não tem fórmula, é vibração sincera da alma, e quanto mais sincera for maior teor vibratório alcança e mais energia soma.
A essência do passe é o amor.
Herculano Pires alcança a questão com uma objetividade admirável:

"É tão simples um passe que não podemos fazer
mais do que dá-lo."
"O passe é um ato de amor."

Bibliografia
(1) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
(2) Obras Póstumas - Allan Kardec
(3) A Gênese - Allan Kardec
(4) Passe e Passista - Roque Jacinto
(5) Obsessão - o Passe - a Doutrinação - J. Herculano Pires
(6) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
(7) Missionários da Luz - André Luiz / Chico Xavier
(8) Mecanismos da Mediunidade - André Luiz / Chico Xavier
(9) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva