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terça-feira, 6 de julho de 2010

ESPIRITISMO: CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO

No Espiritismo, nós consideramos o seu conhecimento, no sentido geral, em três campos, três grandes províncias, por assim dizer, que são: a Ciência, a Filosofia e a Religião.
As ligações entre esses campos do conhecimento são ligações praticamente genéticas. Por que?

Porque sempre a Ciência nasce da experiência do homem, no contato com a natureza, da sua procura em conhecer a realidade das coisas, em descobrir as leis que as governam e servir-se delas, para poder utilizar-se delas.
A Ciência dá os dados sobre a realidade. Esses dados vão levar o homem a formular um conceito da natureza, a criar uma concepção do mundo, da vida. Essa concepção do mundo é a Filosofia. Então, a Ciência nasce da experiência humana na Terra.

A Filosofia nasce das conquistas da Ciência. Essas conquistas se projetam na concepção do mundo formal, que é a Filosofia, e permitem que o homem tenha um comportamento adequado àquilo que ele considera ser o mundo, na feição moral. Mas a moral mostra que o homem não é um ser efêmero, como nos parece, pela sua aparência material. Assim, o ser, que sobrevive após a morte, nos leva, naturalmente, à Religião.

A Religião é, então, a busca da verdade, da mesma forma que a Ciência, da mesma forma que a Filosofia. Cada uma testa e estrutura o seu conhecimento; cada uma no seu campo.

Todas elas exercem, em conjunto, uma função, que é a busca da verdade.
Ao considerar a Religião como apenas um campo da emoção, estamos apenas vendo sob o aspecto da fé, Mas é preciso lembrar que Allan Kardec fez a crítica da fé e chegou à conclusão de que a fé verdadeira é a fé que se ilumina, à luz da razão.

No Limiar do Amanhã
J.Herculano Pires

sexta-feira, 18 de junho de 2010

ESPÍRITOS ERRANTES

224. Que é a alma no intervalo das encarnações?
“Espírito errante, que aspira a novo destino, que espera.”

226. Poder-se-á dizer que são errantes todos os Espíritos que não estão encarnados?
“Sim, com relação aos que tenham de reencarnar. Não são errantes, porém, os Espíritos puros, os que chegaram à perfeição. Esses se encontram no seu estado definitivo.”
No tocante às qualidades íntimas, os Espíritos são de diferentes ordens, ou graus, pelos quais vão passando sucessivamente, à medida que se purificam. Com relação ao estado em que se acham, podem ser: encarnados, isto é, ligados a um corpo; errantes, isto é, sem corpo material e aguardando nova encarnação para se melhorarem; Espíritos puros, isto é, perfeitos, não precisando mais de encarnação.

O Livro dos Espíritos – Cap.VI

Os espíritos errantes de que trata Kardec são precisamente os que ainda não conseguiram determinar a sua localização num plano superior. Esses espíritos permanecem errando entre o chão do planeta e as esferas espirituais da Terra. Vão e voltam em sucessivas reencarnações, como os encarnados que erram pelos caminhos do mundo sem se fixarem em nenhum lugar. Plotino afirmava, no Neoplatonismo, que somos em geral almas viajoras, incapazes de permanecer no mundo espiritual. Sentimos a atração da matéria — esse visgo que prende o espírito, segundo Kardec — e nos precipitamos em novas encarnações no plano terreno. Por isso Jesus insistiu na necessidade do desapego em tudo o que fazemos. Nossa tendência a nos apegarmos afetivamente às coisas e aos seres retarda a nossa evolução e nos mantém na erraticidade, muitas vezes através de reencarnações que são cópias das anteriores. A repetição excessiva das mesmas condições gera os sofrimentos cada vez mais penosos, forçando-nos a avançar.
O Alto não deseja que nos tornemos anjos antes do tempo, mesmo porque isso é impossível Nossa evolução é regida por leis inflexíveis. É inútil pretendermos avançar além das nossas forças. Mas é também inútil querermos continuar indefinidamente na Terra. Na fase atual de transição da vida planetária que também evolui sem cessar — estamos todos acuados pelas forças da evolução e temos de atender às exigências da consciência e às intuições dos espíritos benevolentes, para não ficarmos sujeitos às migrações em mundos inferiores. Essas migrações são forçadas, mas não constituem castigo nem condenação. São medidas administrativas, como as tomadas nas escolas em que haja reprovações em massa. Os espíritos que não progrediram não estão em condições de permanecer no planeta que evoluiu e são enviados a outros planetas de grau inferior, para refazerem o aprendizado, depois do que poderão voltar ao planeta de origem. Os mundos são solidários, ensina Kardec, pois neles evolui a Humanidade Cósmica.


CURSO DINÂMICO DE ESPIRITISMO
J. Herculano Pires

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A IMPORTÂNCIA DAS MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS

Aversão as comunicações com os mortos
Baseando-se nas manifestações mediúnicas e em toda a gama dos fenômenos hoje chamados paranormais, o Espiritismo despertou simpatias e provocou aversões nos meios científicos e culturais da Europa, na segunda metade do século XIX. De um lado, ele agradava o povo, que se interessava naturalmente pelas manifestações de seus mortos queridos. Por outro lado, irritava os cientistas e homens de cultura, que repudiavam as superstições populares e não viam como os mortos poderiam se manifestar, se já estavam mortos. Brofério chegou a propor a criação de um Espiritismos sem Espíritos, pois reconhecia a realidade dos fenômenos mas recusava-se a aceitar a interpretação de Kardec.
As Ciências temiam a morte e os espíritos, estavam carregadas de misticismo religioso, sob ameaças clericais, e problemas dessa espécie se tornavam perigosamente melindrosos. O que Kardec fazia era uma temeridade que poderia levá-lo à loucura.
Esse mesmo ambiente carregado de ameaças excitava ainda mais a curiosidade popular, podendo desencadear represálias de parte dos poderes eclesiásticos, ainda muito vigilantes. A serenidade com que Kardec enfrentou esse ambiente pode ser apreciada na Revista Espírita, obra indispensável ao estudo da doutrina. O terror da morte e dos mortos, provindo das mais remotas civilizações, e a introjeção desse terror europeu, perdura até hoje em nossa cultura e responde pela maior parte das aversões ao Espiritismo.

O fundamental da doutrina é a mensagem dos "mortos"
A importância das comunicações mediúnicas não está apenas no seu caráter probante, como acentuou Bozzano,mas também e sobretudo na sua expressão de solidariedade humana através da morte. O fundamental da doutrina é a mensagem dos mortos, que através dela provam a continuidade do ser em outras dimensões da matéria e desvendam o segredo doloroso dos túmulos, das lápides frias que esmagaram para sempre vidas preciosas e sonhos de beleza eterna.
Além disso, a mensagem dos mortos restabelece a unidade humana rompida pela divisão dos homens em dois planos antagônicos, o dos que vivem uma vida efêmera esperando a morte e o dos que morreram e se transformaram em cinzas para sempre.

A Cura das obsessões
Sem os estudos e pesquisas de Kardec sobre as comunicações mediúnicas, as terríveis ocorrências de obsessões vingativas, de perturbações psíquicas incuráveis pelos recursos da psicoterapia insciente, continuariam insolúveis, pois sem a técnica da doutrinação espírita, amorosa e eficaz, só restariam as práticas arcaicas dos exorcismos antiquados e perigosos, pois desprovidos do conhecimento indispensável das relações dos homens com os espíritos.

Espiritismo sem Espíritos
No próprio meio espírita surgem os resíduos da aversão milenar aos mortos e aos fantasmas, levando criaturas ingênuas e inscientes a fazerem campanhas contra as práticas mediúnicas, no insensato desejo de transformar as instituições doutrinárias em simples escolas teóricas, desprovidas da didática objetiva das práticas mediúnicas.É a volta obsessiva das pretensões acadêmicas de um Espiritismo sem Espíritos.
Essas tentativas se tornam perigosas numa fase de transição.
Sem as relações constantes com o mundo espiritual, através das sessões mediúnicas, estaremos desprovidos da orientação segura dos Espíritos benevolentes e do Espírito da Verdade, que trouxe ao nosso mundo a Doutrina Espírita, a grande doutrina cósmica de que recebemos até agora apenas a dosagem adequada ao nosso estágio atual de evolução.

Quando se extinguiu, no Cristianismo primitivo, o chamado culto pneumático, constituído pelas reuniões mediúnicas da era apostólica, as influências romanas tomaram o lugar das intuições espirituais e a Igreja de Cristo, não fundada pelo Senhor, mas pelos seus discípulos, isolou-se orgulhosamente em seu reino terreno e identificou-se com as religiões mitológicas, idólatras e formalistas. Apagou-se a luz dos santuários ingênuos ante o esplendor fictício do Império arrogante dos Césares.

Apenas comunicações de Espíritos Elevados
Se quisermos suprimir as sessões mediúnicas, particularmente as de doutrinação, em nossas instituições espíritas.
Cada posição ou atitude que tomamos tem o seu preço na economia divina e esse preço não é pago em moedas de César, mas em moedas de amor e justiça.
Muitos espíritas atuais reclamam trabalhos elevados no campo doutrinário, em que manifestações de entidades sofredoras sejam substituídas pelas manifestações de Espíritos Superiores, dotados de sabedoria e grandeza. É justa essa aspiração, desde que paguemos o seu preço com a atenção e o amor devidos aos milhões de entidades sofredoras e angustiadas que esperam o nosso amparo amigo e as moedas de ouro puro e sacrificial do nosso amor. Sem isso, só teremos nas sessões especiais a presença de entidades mistificadoras que nos conduzirão a atitudes vaidosas e ridículas.
Temos tudo em nossas mãos e podemos escolher livremente o melhor ou pior. Porque somos aprendizes para nos tornarmos livres das provações e expiações do nosso planeta.
Deus não nos força, porque só aprendemos fazendo. Temos a doutrina em nossas mãos para esse aprendizado e a liberdade de estudá-la ou não. É bom não esquecermos que a nossa liberdade espiritual só tem como guarda o freio da nossa própria consciência.
Jesus não impediu que Judas o traísse e que Pedro o negasse, nem que Tomé duvidasse da sua ressurreição. Os processos espirituais de educação se fundem no exercício da liberdade de cada um, porque somente através de um sistema de livre escolha, entre experiências negativas e positivas,podemos aprender a seguir voluntariamente os rumos certos da nossa destinação.


Evolução Espiritual do Homem
J.Herculano Pires

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Deus

Iniciaremos o estudo da Verdade aprendendo a conhecer Deus.
Todos nós já temos ouvido falar em Deus e mais do que uma vez perguntamos quem é Ele. 
Deus é o criador do Universo e Pai de todos nós. 
Deus nos criou para povoar o Universo; por isso somos filhos de Deus e como todos nós somos filhos do mesmo Pai, nós todos somos irmãos. O nosso pequeno progresso moral não nos permite saber qual é a natureza íntima de Deus. Entretanto, sabemos que Ele é um espírito puríssimo cujos fluidos enchem completamente o Universo. Nós estamos mergulhados no fluido divino; por isso é que nós estamos em Deus e Deus está em nós.
Por meio de seus fluidos Deus irradia sua presença por toda a parte.
Deus não se mostra, mas se revela pelas suas obras. Quando formos espíritos puros nós o veremos e o compreenderemos. Podemos adorá-lo em qualquer lugar: nas cidades ou nos desertos; nos mares ou nas florestas; nos palácios ou nas cabanas. Sendo Deus um espírito, é pelo pensamento que devemos adorá-lo. Também pelas boas obras podemos adorar a Deus; porque as boas obras que praticamos são um ato de adoração a Deus.Deus governa o universo por meio de suas sábias e imutáveis leis. Conhece até os nossos mais escondidos atos e pensamentos e provê nossas necessidades.
Deus é eterno: não teve princípio e não terá fim. Deus é único: há um só Deus.
Deus é bom: ama todas suas criaturas com o mesmo amor. Deus é justo: todos somos iguais diante de Deus. Ele dá a cada um de nós exatamente o que merecemos. A cada um segundo suas obras.


AMOR A DEUS
O nosso primeiro dever é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.Deus nos deu a vida e tudo o que precisamos para mantê-la; concede-nos os meios necessários para a purificação e para o aperfeiçoamento de nosso espírito.
Pai bondoso está sempre pronto a receber os filhos que se afastam dele. Perdoa-nos todos os erros e nos faculta infinitas oportunidades de regeneração. Trabalha sem descanso pela nossa felicidade e recompensa todas nossas boas ações. A mais bela maneira de se amar a Deus é amando ao nosso próximo. A humanidade inteira é nosso próximo e a todos devemos amar como irmãos, filhos do mesmo Pai. É amando a nossos irmãos que nós demonstramos o nosso amor a Deus. Quem ama seu próximo está sempre pronto a perdoar e a esquecer as ofensas que recebe.Trata a todos com delicadeza e não faz distinção entre o pobre e o rico, entre o preto e o branco, entre o forte e o fraco. É bondoso, obediente e serviçal; gosta de prestar um favor sem se importar com a recompensa.
Não se prevalece de uma posição superior para humilhar os que lhe estão abaixo.Não discute e não diz palavras grosseiras; não fala nem pensa mal de ninguém. Tem palavras de carinho e conforto para dirigi-las aos que sofrem e aos que estão desanimados; socorre todos os necessitados na medida de suas forças.
Sabe que só Deus é superior a tudo e por isso não se julga superior a seus irmãos. Respeita o modo de pensar dos outros e não lhes critica as idéias.Evita tudo o que lhe possa prejudicar o corpo ou o espírito ou causar prejuízos aos outros.Esforçando-nos por praticar todos esses preceitos, estaremos amando Deus na pessoa de nosso próximo e em nós mesmos; porque Deus está em cada uma de suas criaturas.


52 Lições de Catecismo Espírita
Eliseu Rigonatti

AMOR E FAMÍLIA EM NOVOS TEMPOS

Ninguém colocou melhor o problema da família do que Allan Kardec, pois não se apoiou apenas na pesquisa das aparências formais, mas penetrou na substância da questão, no plano das causas determinantes. Por isso nos oferece um esquema tríplice das formações familiais do nosso tempo, a saber:
 

a) a família carnal, formada a partir dos clãs primitivos, evoluindo nas miscigenações raciais, através de inumeráveis conflitos ao longo das civilizações progressivas, na fermentação dialética do amor e do ódio. Os grupos assim formados subdividem-se, nas reencarnações progressivas, em inumeráveis subgrupos, que também crescerão e se subdividirão na temporalidade, ou seja, na imensa esteira do tempo, que, segundo Heedegger, acolhe o espírito. São essas as famílias consangüíneas, que se desfazem com a morte.
 
b) a família mista, carnal e espiritual, em que os conflitos do amor e do ódio entram em processo de solução, nos reajustamentos das lutas e experiências comuns, definindo-se e ampliando-se as afinidades espirituais entre diversos grupos, absorvendo elementos de outras famílias, nas coordenadas da evolução coletiva. O condicionamento familial, nas relações endógenas e necessárias da vivência em comum, quebra a pouco e pouco as arestas do ódio e das antipatias, restabelecendo na medida do possível as relações simpáticas que se ampliarão no futuro. A desagregação provocada pela morte permitirá reajustes mais eficazes nas sucessivas reencarnações grupais.
 
c) a família espiritual, resultante de todos esses processos reencarnatórios, que aglutinará os espíritos afins no plano espiritual, nas comunidades dos espíritos superiores que se dedicam ao trabalho de assistência e orientação aos dois tipos familiais anteriores, mesclando-as de elementos que nelas se reencarnam para modificá-las com seu exemplo de amor e dedicação ao próximo. Essa família não perece, não se desfaz com a morte, crescendo constantemente para a formação de Humanidades Superiores. 

E fácil, usando-se as medidas da Escala Espírita em O Livro dos Espíritos, identificar-se nas famílias terrenas a presença de vários tipos descritos na referida escala, percebendo-se claramente as funções que exercem no processo evolutivo familial.
 

A concepção espírita da família, como se vê, é muito mais complexa e de importância muito maior que a das religiões cristãs, que conferem eternidade e inviolabilidade ao sacramento do matrimônio, mas não podem impedir que, na morte, o marido vá parar nas garras do Diabo, a esposa estagiar no Purgatório e os filhos inocentes curtir a sua orfandade nos jardins do céu. 

A concepção jurídica e terrena da família não vai além dos interesses materiais de uma existência. O mesmo se dá com a concepção sociológica, que faz da família a base da sociedade, ambas perecíveis e transitórias. 

As pessoas que acusam o Espiritismo de aniquilar a família através da reencarnação revelam a mais completa ignorância da Doutrina ou o fazem por má-fé, na defesa de interesses religiosos — sectários.
 

A família nasce do amor e dele se alimenta. Não é apenas a base da sociedade, mas de toda a Humanidade. É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra. 

Combater a instituição familial, negar a sua necessidade e a sua eficácia no desenvolvimento dos povos e dos mundos.

CURSO DINÂMICO DE ESPIRITISMO 
por J. Herculano Pires

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Espiritismo - Comprovado pela Ciência

Se os fenômenos espíritas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores conseqüências de interesse geral. Mas a verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, em uma sucessão sempre audaz e desafiadora. O expediente de proibições e excomunhões se tornava ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados, como vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela etc., atestando a inquestionável sobrevivência da alma.
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas. Estes então, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria.
A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor e o fez de tal forma que o Espiritismo foi, por assim dizer, devidamente fotografado, pesado e medido.

A PALAVRA DOS CIENTISTAS

Willian Crookes
Coube ao célebre físico inglês, chamar a atenção de toda a Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas.
Muitos esperavam que, de suas investigações, viesse uma condenação irrevogável e humilhante, mas o veredicto do eminente sábio foi favorável. A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que
Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou,
provou, contraprovou e se rendeu.

Russel Wallace
Físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual". Disse ainda: "Os fatos, porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".

Cromwel Varley
Engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".

Oliver Lodge
Para o físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas de identidade
cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postas em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".

William Barrett
O professor de física afirmou que a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência após a morte e a comunicação dos que morreram são evidentes. "Dos que ridicularizavam o Espiritismo, ninguém lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo prudente e imparcial tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós têm consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião", disse.

Fredrich Myers
Da Sociedade Real de Londres, disse: "Pelas minhas experiências, convenci-me de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".


Ernesto Bozzano
Já o italiano, que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos, afirmou, sem temer estar equivocado, "que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor".

UMA NOVA CIÊNCIA
Houve até quem fundasse uma nova ciência, com o objetivo exclusivo de verificar a autenticidade dos fatos supranormais.
Formaram-se inúmeras associações, sociedades e comissões com o ideal de desmascará-las, porém, quanto mais se estudava, mais aumentava o número de adeptos.
Um desses homens foi Charles Richet, o criador da metapsíquica.
Nos EUA, em 1930, Joseph Banks Rhine iniciou os estudos que desembocaram na estruturação de um novo ramo da ciência preocupado em estudar os fenômenos chamados "inabituais", a parapsicologia.
A parapsicologia já está sendo substituída por outras ciências que dão uma visão mais abrangente, como a psicobiofísica e a psicotrônica.

Edvaldo Kulcheski - Revista Cristã de Espiritismo

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Doutrina Libertadora.

Depois de longo período triste da Idade Média, em que era proibido pensar, e mais do que isso,externar o que não fosse ao agrado da Igreja. Então,novas luzes se acenderam para a humanidade, nos séculos XVIII e XIX, brilhando a filosofia e expandindo-se a ciência com base em deduções lógicas e sustentação em princípios científicos.

Filosofia, trabalhando com o pensamento e as idéias;
Ciência,trabalhando com a experimentação e a prova;
Religião,desta, extraindo, basicamente, os ensinamentos morais e a fé raciocinada.

A Doutrina dissecou as leis de ação e reação, demonstrou que não há efeito sem causa e fez ver a todos como se processam as relações entre o mundo visível e o mundo invisível.
Os chamados "fenômenos espíritas" deixaram de ser objeto de curiosidade, temor ou gracejo, passando a ser estudados com seriedade e respondendo a todas as questões do ser humano.
A Doutrina dos Espíritos fez cair por terra os dogmas seculares que têm atrasado a caminhada da humanidade em busca da verdade, da luz, do esclarecimento.
É claro,que é necessário estudo ou, no mínimo, vontade de aprender, pois todos somos capazes de assimilar a nossa condição de espíritos imortais, no campo de provas e expiações que é o planeta Terra.
Nós nascendo e renascendo, ora como homem, ora como mulher; ora como negro, ora como branco ou como amarelo; ora como rico, ora como pobre; ora com saúde perfeita, ora com deficiências, até que, pelas inúmeras vidas físicas, possamos aperfeiçoar-nos e fazer do amor ao semelhante a lei básica do progresso espiritual.
Por tudo isso e por muito mais, o Espiritismo como Doutrina do pensar, mostra ao ser humano quem ele é, de onde vem e para onde vai, e qual é a sua tarefa em cada existência na Terra.
Allan Kardec que teve a missão de registrar os ensinamentos dos Espíritos e legar à humanidade o conhecimento dos dois planos da vida:

Físico, passageiro e de aprendizado,
Espiritual, eterno e libertador.

Nós que já entramos em contato com essa imensa fonte geradora de conhecimento,e já obtivemos de volta a liberdade de pensar, temos como dever levar ao seres menos esclarecidos; que esperam somente o apontamento de um novo caminho, para que possam seguir livremente, e buscar por si mesmo, o auto-aperfeiçoamento.

Bibliografia:
Biblioteca Virtual Espírita
baseado no texto de Bismael B. Moraes

Doutrina Libertadora.

Depois de longo período triste da Idade Média, em que era proibido pensar, e mais do que isso,externar o que não fosse ao agrado da Igreja. Então,novas luzes se acenderam para a humanidade, nos séculos XVIII e XIX, brilhando a filosofia e expandindo-se a ciência com base em deduções lógicas e sustentação em princípios científicos.

Filosofia, trabalhando com o pensamento e as idéias;
Ciência,trabalhando com a experimentação e a prova;
Religião,desta, extraindo, basicamente, os ensinamentos morais e a fé raciocinada.

A Doutrina dissecou as leis de ação e reação, demonstrou que não há efeito sem causa e fez ver a todos como se processam as relações entre o mundo visível e o mundo invisível.
Os chamados "fenômenos espíritas" deixaram de ser objeto de curiosidade, temor ou gracejo, passando a ser estudados com seriedade e respondendo a todas as questões do ser humano.
A Doutrina dos Espíritos fez cair por terra os dogmas seculares que têm atrasado a caminhada da humanidade em busca da verdade, da luz, do esclarecimento.
É claro,que é necessário estudo ou, no mínimo, vontade de aprender, pois todos somos capazes de assimilar a nossa condição de espíritos imortais, no campo de provas e expiações que é o planeta Terra.
Nós nascendo e renascendo, ora como homem, ora como mulher; ora como negro, ora como branco ou como amarelo; ora como rico, ora como pobre; ora com saúde perfeita, ora com deficiências, até que, pelas inúmeras vidas físicas, possamos aperfeiçoar-nos e fazer do amor ao semelhante a lei básica do progresso espiritual.
Por tudo isso e por muito mais, o Espiritismo como Doutrina do pensar, mostra ao ser humano quem ele é, de onde vem e para onde vai, e qual é a sua tarefa em cada existência na Terra.
Allan Kardec que teve a missão de registrar os ensinamentos dos Espíritos e legar à humanidade o conhecimento dos dois planos da vida:

Físico, passageiro e de aprendizado,
Espiritual, eterno e libertador.

Nós que já entramos em contato com essa imensa fonte geradora de conhecimento,e já obtivemos de volta a liberdade de pensar, temos como dever levar ao seres menos esclarecidos; que esperam somente o apontamento de um novo caminho, para que possam seguir livremente, e buscar por si mesmo, o auto-aperfeiçoamento.

Bibliografia:
Biblioteca Virtual Espírita
baseado no texto de Bismael B. Moraes

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Serão possíveis as comunicações entre alma e os viventes?

Essa possibilidade foi demonstrada pela experiência, e, uma vez estabelecido o fato das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, e conhecidos à natureza, o princípio e o modo dessas relações, abriu-se um novo campo à observação, encontrando-se a chave de grande número de problemas.
O que faz nascer na mente de muitas pessoas a dúvida sobre a possibilidade das comunicações de além-túmulo, é a ideia falsa que tem do estado da alma depois da morte.
Para muitos, afigura-se-lhes ser um sopro, uma fumaça, uma coisa vaga e apenas admissível ao pensamento, que se evapora e vai, não se sabe para onde, mas, para lugar tão distante que se custa a compreender como possa voltar a Terra.
Se ao contrário, for considerada unida a um corpo fluídico, semimaterial, formando com ele um ser concreto e individual, as suas relações com os viventes nada têm de incompatível com a razão.
O mundo visível, vivendo no meio do invisível, com o qual está em contato perpétuo, origina uma incessante reação de cada um deles sobre o outro. E pode-se dizer que, desde que houve homens, houve também Espíritos, e que, se estes têm o poder de se manifestar, devem tê-lo feito em todas as épocas e entre todos os povos.
Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifestar-se aos homens, e o número dos que podem comunicar-se é indefinido.
As relações entre os mundos visível e invisível podem ser ocultas, espontâneas ou provocadas.
Os Espíritos atuam sobre os homens de modo oculto, sugerindo-lhes pensamentos e influenciando-os, de modo patente, por meio de efeitos apreciáveis aos sentidos.
As manifestações espontâneas dão-se inesperadamente e de improviso; elas se produzem, muitas vezes, entre as pessoas mais estranhas às ideias espíritas e que, por isso, não tendo meios de explicá-las, atribuem-nas a causas sobrenaturais. As que são provocadas, dá-se por intermédio de certos indivíduos dotados, para isso, de faculdades especiais e designados pelo nome de médiuns, que lhes servem de instrumento e de interpretes.
Os Espíritos constituem o mundo invisível estão por toda parte; povoam os espaços até o infinito; há Espíritos incessantemente ao nosso redor e com eles estamos em contato.

Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes:
Pela audição, Pelo tato, produzindo ruídos e movimentos de corpos, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc...
Às vezes, os Espíritos se manifestam espontaneamente por pancadas e ruídos; é este, muitas vezes, o meio que eles empregam para chamar sobre si a atenção, exatamente como nós, quando batemos para dar aviso de que está alguém a porta.
Alguns não se limitam a ruídos moderados, pois produzem um som semelhante à louça que cai e se espedaça, portas que se abrem e fecham com estrondo, móveis lançados ao chão, e alguns chegam mesmo a causar uma perturbação real e verdadeiros estragos.
Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância.
Os Espíritos estão submetidos à lei do progresso e todos podem chegar à perfeição, mas como dispõem do livre-arbítrio alcançam-na dentro de um tempo mais ou menos longo, segundo os seus esforços e a sua vontade.
São felizes ou infelizes, conforme o bem ou mal que fizeram durante a vida e o grau de desenvolvimento a que chegaram; a felicidade perfeita e sem nuvens só é alcançada pêlos que chegaram ao supremo grau de perfeição.
Reconhecemos a superioridade e a inferioridade dos Espíritos pela linguagem: os bons só aconselham o bem e só dizem coisas boas; os maus enganam e todas as suas palavras trazem o cunho da imperfeição e da ignorância.

GRUPO ESPÍRITA DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Serão possíveis as comunicações entre alma e os viventes?

Essa possibilidade foi demonstrada pela experiência, e, uma vez estabelecido o fato das relações entre o mundo visível e o mundo invisível, e conhecidos à natureza, o princípio e o modo dessas relações, abriu-se um novo campo à observação, encontrando-se a chave de grande número de problemas.
O que faz nascer na mente de muitas pessoas a dúvida sobre a possibilidade das comunicações de além-túmulo, é a ideia falsa que tem do estado da alma depois da morte.
Para muitos, afigura-se-lhes ser um sopro, uma fumaça, uma coisa vaga e apenas admissível ao pensamento, que se evapora e vai, não se sabe para onde, mas, para lugar tão distante que se custa a compreender como possa voltar a Terra.
Se ao contrário, for considerada unida a um corpo fluídico, semimaterial, formando com ele um ser concreto e individual, as suas relações com os viventes nada têm de incompatível com a razão.
O mundo visível, vivendo no meio do invisível, com o qual está em contato perpétuo, origina uma incessante reação de cada um deles sobre o outro. E pode-se dizer que, desde que houve homens, houve também Espíritos, e que, se estes têm o poder de se manifestar, devem tê-lo feito em todas as épocas e entre todos os povos.
Todos os Espíritos, em dadas circunstâncias, podem manifestar-se aos homens, e o número dos que podem comunicar-se é indefinido.
As relações entre os mundos visível e invisível podem ser ocultas, espontâneas ou provocadas.
Os Espíritos atuam sobre os homens de modo oculto, sugerindo-lhes pensamentos e influenciando-os, de modo patente, por meio de efeitos apreciáveis aos sentidos.
As manifestações espontâneas dão-se inesperadamente e de improviso; elas se produzem, muitas vezes, entre as pessoas mais estranhas às ideias espíritas e que, por isso, não tendo meios de explicá-las, atribuem-nas a causas sobrenaturais. As que são provocadas, dá-se por intermédio de certos indivíduos dotados, para isso, de faculdades especiais e designados pelo nome de médiuns, que lhes servem de instrumento e de interpretes.
Os Espíritos constituem o mundo invisível estão por toda parte; povoam os espaços até o infinito; há Espíritos incessantemente ao nosso redor e com eles estamos em contato.

Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes:
Pela audição, Pelo tato, produzindo ruídos e movimentos de corpos, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc...
Às vezes, os Espíritos se manifestam espontaneamente por pancadas e ruídos; é este, muitas vezes, o meio que eles empregam para chamar sobre si a atenção, exatamente como nós, quando batemos para dar aviso de que está alguém a porta.
Alguns não se limitam a ruídos moderados, pois produzem um som semelhante à louça que cai e se espedaça, portas que se abrem e fecham com estrondo, móveis lançados ao chão, e alguns chegam mesmo a causar uma perturbação real e verdadeiros estragos.
Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância.
Os Espíritos estão submetidos à lei do progresso e todos podem chegar à perfeição, mas como dispõem do livre-arbítrio alcançam-na dentro de um tempo mais ou menos longo, segundo os seus esforços e a sua vontade.
São felizes ou infelizes, conforme o bem ou mal que fizeram durante a vida e o grau de desenvolvimento a que chegaram; a felicidade perfeita e sem nuvens só é alcançada pêlos que chegaram ao supremo grau de perfeição.
Reconhecemos a superioridade e a inferioridade dos Espíritos pela linguagem: os bons só aconselham o bem e só dizem coisas boas; os maus enganam e todas as suas palavras trazem o cunho da imperfeição e da ignorância.

GRUPO ESPÍRITA DE ESTUDOS E TRABALHOS MEDIÚNICOS

CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

terça-feira, 4 de maio de 2010

Allan Kardec

A Doutrina Espírita é assim o mais poderoso elemento de moralização, por se dirigir simultaneamente ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido.
Por sua mesma essência, o Espiritismo participa de todos os ramos dos conhecimentos físicos, metafísicos e morais. São inúmeras as questões que ele envolve, as quais, no entanto, podem resumir-se nos pontos seguintes que, considerados verdades inconcussas, formam o programa das crenças espíritas.
Obras Póstumas

Allan Kardec

A Doutrina Espírita é assim o mais poderoso elemento de moralização, por se dirigir simultaneamente ao coração, à inteligência e ao interesse pessoal bem compreendido.
Por sua mesma essência, o Espiritismo participa de todos os ramos dos conhecimentos físicos, metafísicos e morais. São inúmeras as questões que ele envolve, as quais, no entanto, podem resumir-se nos pontos seguintes que, considerados verdades inconcussas, formam o programa das crenças espíritas.
Obras Póstumas

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Preexistência da Alma


Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não seria somente inconciliável com a justiça de Deus, que tornaria todos os homens responsáveis pela falta de um só, seria também um contra-senso, e tanto menos justificável quanto, segundo essa doutrina, a alma não existia na época a que se pretende fazer que a sua responsabilidade remonte. Com a preexistência, o homem traz, ao renascer, o gérmen das suas imperfeições, dos defeitos de que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vício.
É esse o seu verdadeiro pecado original, cujas conseqüências naturalmente sofre, mas com a diferença capital de que sofre a pena das suas próprias faltas, e não das de outrem; e com a outra diferença, ao mesmo tempo consoladora, animadora e soberanamente eqüitativa, de que cada existência lhe oferece os meios de se redimir pela reparação e de progredir, quer despojando-se de alguma imperfeição, quer adquirindo novos conhecimentos e, assim, até que, suficientemente purificado, não necessite mais da vida corporal e possa viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada.


A Gênese
Allan Kardec
Cap.I item 38

O que são os Espíritos?

Faz-se geralmente dos Espíritos uma idéia completamente falsa; eles não são como muitos os figuram, seres abstratos, vagos e indefinidos, nem qualquer coisa como um clarão ou uma centelha; são, ao contrário, seres muito reais, tendo sua individualidade e uma forma determinada.
São almas daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos; que essas almas, depois de se despojarem de seu envoltório corporal, povoam e percorrem o espaço.

Allan Kardec
O Espiritismo em sua mais simples Expressão

Doutrina Espírita


A codificação Espírita
As instruções dadas pelos Espíritos de uma ordem elevada, sobre todos os assuntos que interessam à Humanidade, as respostas que deram às perguntas que lhes foram propostas, tendo sido recolhidas e coordenadas com cuidado, constituem toda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica sob o nome de Espiritismo.

Espiritismo
O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensinamento dos Espíritos. Essa doutrina se acha exposta, de maneira completa, em O Livro dos Espíritos para a parte filosófica, em O Livro dos Médiuns para a parte prática e experimental, e em O Evangelho Segundo o Espiritismo para a parte moral. Pode-se julgar, pela análise que damos adiante dessas obras, da variedade, da extensão e da importância das matérias que elas abarcam.

Início
Assim como se viu, o Espiritismo teve seu ponto de partida no fenômeno vulgar das mesas girantes; mas como esses fatos falam mais aos olhos que à inteligência, que despertam mais curiosidade que sentimento, a curiosidade satisfeita, se tem tanto menos interesse neles quanto não se os compreenda. Não ocorreu o mesmo quando a teoria veio explicar-lhes a causa; quando, sobretudo, viu-se que dessas mesas girantes, com as quais se divertiu por um instante, saiu toda uma doutrina moral falando à alma, dissipando as angústias da dúvida, satisfazendo a todas as aspirações deixado no vago por um ensinamento incompleto sobre o futuro da Humanidade, as pessoas sérias acolheram a nova doutrina como um benefício e, desde então, longe de declinar, ela cresce com uma rapidez incrível; no espaço de alguns anos, ela reuniu, em todos os países do mundo e sobretudo entre as pessoas esclarecidas, inumeráveis partidários que aumentam todos os dias numa proporção extraordinária, de tal sorte que, hoje, pode-se dizer que o Espiritismo conquistou direito de cidadania; e está assentado sobre bases que desafiam os esforços de seus adversários mais ou menos interessados em combatê-lo, e a prova disso é que os ataques e críticas não afrouxaram sua marcha um só instante: este é um fato adquirido pela experiência, e do qual os opositores jamais puderam dar razão; os espíritas dizem, muito simplesmente, que se ele se propaga apesar da crítica, é que se o acha bom e que se prefere seu raciocínio ao dos contraditores.

Princípios do Espiritismo
O Espiritismo, todavia, não é uma descoberta moderna; os fatos e os princípios sobre os quais repousam, perdem-se na noite dos tempos, porque se lhes encontram os traços nas crenças de todos os povos, em todas as religiões, na maioria dos escritos sagrados e profanos; somente os fatos, incompletamente observados, freqüentemente foram interpretados segundo as idéias supersticiosas da ignorância, e não lhes foram deduzidas todas as conseqüências.
Com efeito, o Espiritismo está fundado sobre a existência de Espíritos, mas os Espíritos, não sendo outros que as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos; o Espiritismo não os descobriu, nem os inventou. Se as almas ou Espíritos podem se manifestar aos vivos, é porque isso está na Natureza, e desde então deveram fazê-lo de todos os tempos; também de todos os tempos, e por toda parte, encontram-se as provas dessas manifestações, que são muitas, sobretudo nos relatos bíblicos.

ALLAN KARDEC 
O ESPIRITISMO EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO

Preexistência da Alma


Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não seria somente inconciliável com a justiça de Deus, que tornaria todos os homens responsáveis pela falta de um só, seria também um contra-senso, e tanto menos justificável quanto, segundo essa doutrina, a alma não existia na época a que se pretende fazer que a sua responsabilidade remonte. Com a preexistência, o homem traz, ao renascer, o gérmen das suas imperfeições, dos defeitos de que se não corrigiu e que se traduzem pelos instintos naturais e pelos pendores para tal ou tal vício.
É esse o seu verdadeiro pecado original, cujas conseqüências naturalmente sofre, mas com a diferença capital de que sofre a pena das suas próprias faltas, e não das de outrem; e com a outra diferença, ao mesmo tempo consoladora, animadora e soberanamente eqüitativa, de que cada existência lhe oferece os meios de se redimir pela reparação e de progredir, quer despojando-se de alguma imperfeição, quer adquirindo novos conhecimentos e, assim, até que, suficientemente purificado, não necessite mais da vida corporal e possa viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada.


A Gênese
Allan Kardec
Cap.I item 38

O que são os Espíritos?

Faz-se geralmente dos Espíritos uma idéia completamente falsa; eles não são como muitos os figuram, seres abstratos, vagos e indefinidos, nem qualquer coisa como um clarão ou uma centelha; são, ao contrário, seres muito reais, tendo sua individualidade e uma forma determinada.
São almas daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos; que essas almas, depois de se despojarem de seu envoltório corporal, povoam e percorrem o espaço.

Allan Kardec
O Espiritismo em sua mais simples Expressão

Doutrina Espírita


A codificação Espírita
As instruções dadas pelos Espíritos de uma ordem elevada, sobre todos os assuntos que interessam à Humanidade, as respostas que deram às perguntas que lhes foram propostas, tendo sido recolhidas e coordenadas com cuidado, constituem toda uma ciência, toda uma doutrina moral e filosófica sob o nome de Espiritismo.

Espiritismo
O Espiritismo é, pois, a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensinamento dos Espíritos. Essa doutrina se acha exposta, de maneira completa, em O Livro dos Espíritos para a parte filosófica, em O Livro dos Médiuns para a parte prática e experimental, e em O Evangelho Segundo o Espiritismo para a parte moral. Pode-se julgar, pela análise que damos adiante dessas obras, da variedade, da extensão e da importância das matérias que elas abarcam.

Início
Assim como se viu, o Espiritismo teve seu ponto de partida no fenômeno vulgar das mesas girantes; mas como esses fatos falam mais aos olhos que à inteligência, que despertam mais curiosidade que sentimento, a curiosidade satisfeita, se tem tanto menos interesse neles quanto não se os compreenda. Não ocorreu o mesmo quando a teoria veio explicar-lhes a causa; quando, sobretudo, viu-se que dessas mesas girantes, com as quais se divertiu por um instante, saiu toda uma doutrina moral falando à alma, dissipando as angústias da dúvida, satisfazendo a todas as aspirações deixado no vago por um ensinamento incompleto sobre o futuro da Humanidade, as pessoas sérias acolheram a nova doutrina como um benefício e, desde então, longe de declinar, ela cresce com uma rapidez incrível; no espaço de alguns anos, ela reuniu, em todos os países do mundo e sobretudo entre as pessoas esclarecidas, inumeráveis partidários que aumentam todos os dias numa proporção extraordinária, de tal sorte que, hoje, pode-se dizer que o Espiritismo conquistou direito de cidadania; e está assentado sobre bases que desafiam os esforços de seus adversários mais ou menos interessados em combatê-lo, e a prova disso é que os ataques e críticas não afrouxaram sua marcha um só instante: este é um fato adquirido pela experiência, e do qual os opositores jamais puderam dar razão; os espíritas dizem, muito simplesmente, que se ele se propaga apesar da crítica, é que se o acha bom e que se prefere seu raciocínio ao dos contraditores.

Princípios do Espiritismo
O Espiritismo, todavia, não é uma descoberta moderna; os fatos e os princípios sobre os quais repousam, perdem-se na noite dos tempos, porque se lhes encontram os traços nas crenças de todos os povos, em todas as religiões, na maioria dos escritos sagrados e profanos; somente os fatos, incompletamente observados, freqüentemente foram interpretados segundo as idéias supersticiosas da ignorância, e não lhes foram deduzidas todas as conseqüências.
Com efeito, o Espiritismo está fundado sobre a existência de Espíritos, mas os Espíritos, não sendo outros que as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos; o Espiritismo não os descobriu, nem os inventou. Se as almas ou Espíritos podem se manifestar aos vivos, é porque isso está na Natureza, e desde então deveram fazê-lo de todos os tempos; também de todos os tempos, e por toda parte, encontram-se as provas dessas manifestações, que são muitas, sobretudo nos relatos bíblicos.

ALLAN KARDEC 
O ESPIRITISMO EM SUA MAIS SIMPLES EXPRESSÃO

sábado, 10 de abril de 2010

Lembrança das Existências anteriores

A estrada da vida

A questão da pluralidade das existências há muito tempo preocupa os filósofos, e mais de um viu, na anterioridade da alma, a única solução possível dos problemas mais importantes da psicologia; sem esse princípio, encontraram-se parados a cada passo e acolhidos num impasse de onde não puderam sair senão com a ajuda da pluralidade das existências.

A maior objeção que se possa fazer a essa teoria é a ausência da lembrança das existências anteriores. Com efeito, uma sucessão de existências inconscientes umas das outras; deixar um corpo para retomar logo um outro sem a memória do passado, equivaleria ao nada, porque isso seria o nada do pensamento; isso seria tantos pontos de partida novos, sem ligação com os precedentes; isso seria uma ruptura incessante de todas as afeições que fazem o encanto da vida presente e a esperança mais doce e mais consoladora do futuro; isso seria, enfim, a negação de toda responsabilidade moral.

Semelhante doutrina seria tão inadmissível e tão incompatível com a justiça de Deus, quanto aquela de uma só existência com a perspectiva de uma  eternidade absoluta de penas para faltas temporárias. Compreende-se, pois, que aqueles que formam semelhante idéia da reencarnação a repilam, mas não é assim que o Espiritismo no-la apresenta.

A existência espiritual da alma, nos diz ele, é sua existência normal, com lembrança retrospectiva indefinida; as existências corpóreas não são senão intervalos, curtas estações na existência espiritual, e a soma de todas essas estações não é senão uma parte mínima da existência normal, absolutamente como se, numa viagem de vários anos, se parasse de tempos em tempos durante algumas horas.

Se, durante as existências corpóreas, parece nela haver solução de continuidade pela ausência da lembrança, a ligação se estabelece durante a vida espiritual, que não tem interrupção; a solução de continuidade não existe, em realidade, senão para a vida corpórea exterior e de relação; e aqui a ausência da lembrança prova a sabedoria da  Providência que não quis que o homem fosse muito desviado da vida real, onde tem deveres a cumprir; mas, no estado de repouso do corpo, no sono, a alma retoma em parte o seu vôo, e aí se restabelece a cadeia interrompida somente durante a vigília.

A isso se pode ainda fazer uma objeção e perguntar que proveito se pode tirar de suas existências anteriores para a sua melhoria, se não se lembra das faltas que se cometeu.
O Espiritismo responde primeiro que a lembrança de existências infelizes, juntando-se às misérias da vida presente, tornaria esta ainda mais penosa; é, pois, um acréscimo de sofrimentos que Deus quis nos poupar; sem isso, freqüentemente, quanto não seria nossa humilhação pensando no que fomos!

Quanto ao nosso adiantamento, essa lembrança é inútil. Durante cada existência, damos alguns passos adiante; adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições; cada uma delas é, assim, um novo ponto de partida, em que somos o que nos houvermos feito, em que nos tomamos por aquilo que somos, sem ter que nos inquietarmos com aquilo que fomos.

Se, numa existência anterior, fomos antropófagos, o que isso nos faz se não o somos mais? Se tivemos um defeito qualquer do qual não resta mais os traços, é uma conta liquidada, com a qual não temos nada a nos preocupar.

Suponhamos, ao contrário, uma falta da qual não se corrigiu senão a metade, o saldo se reencontrará na vida seguinte e é em corrigi-lo que é preciso se fixar. Tomemos um exemplo: um homem foi assassino e ladrão; disso foi punido, seja na vida corpórea, seja na vida espiritual; arrepende-se e se corrige da primeira tendência, mas não da segunda; na existência seguinte, ele não será senão ladrão; talvez grande ladrão, mas não mais assassino; ainda um passo adiante e ele não será senão pequeno ladrão; um pouco mais tarde, não
roubará mais, mas poderá ter a veleidade de roubar, que sua consciência neutralizará; depois um último esforço, e, todo traço da doença moral tendo desaparecido, será um modelo de probidade. Que lhe faz então o que foi? A lembrança de ter morrido no patíbulo não seria uma tortura, uma humilhação perpétuas?

Aplicai este raciocínio a todos os vícios, a todas as manias, e podereis ver como a alma se melhora passando e repassando pela estamenha da encarnação.
Deus não é mais justo por ter tornado o homem árbitro de sua própria sorte pelos esforços que pode fazer para se melhorar, do que ter feito a sua alma nascer ao mesmo tempo que seu corpo, e de condená-la a tormentos perpétuos por erros passageiros, sem dar-lhe os meios de se purificar de suas imperfeições?

Pela pluralidade das existências, seu futuro está em suas mãos; se leva muito tempo para se melhorar, disso sofre as conseqüências: é a suprema justiça; mas a esperança jamais lhe é obstruída.

Livro: Obras Póstumas
Allan Kardec

Lembrança das Existências anteriores

A estrada da vida

A questão da pluralidade das existências há muito tempo preocupa os filósofos, e mais de um viu, na anterioridade da alma, a única solução possível dos problemas mais importantes da psicologia; sem esse princípio, encontraram-se parados a cada passo e acolhidos num impasse de onde não puderam sair senão com a ajuda da pluralidade das existências.

A maior objeção que se possa fazer a essa teoria é a ausência da lembrança das existências anteriores. Com efeito, uma sucessão de existências inconscientes umas das outras; deixar um corpo para retomar logo um outro sem a memória do passado, equivaleria ao nada, porque isso seria o nada do pensamento; isso seria tantos pontos de partida novos, sem ligação com os precedentes; isso seria uma ruptura incessante de todas as afeições que fazem o encanto da vida presente e a esperança mais doce e mais consoladora do futuro; isso seria, enfim, a negação de toda responsabilidade moral.

Semelhante doutrina seria tão inadmissível e tão incompatível com a justiça de Deus, quanto aquela de uma só existência com a perspectiva de uma  eternidade absoluta de penas para faltas temporárias. Compreende-se, pois, que aqueles que formam semelhante idéia da reencarnação a repilam, mas não é assim que o Espiritismo no-la apresenta.

A existência espiritual da alma, nos diz ele, é sua existência normal, com lembrança retrospectiva indefinida; as existências corpóreas não são senão intervalos, curtas estações na existência espiritual, e a soma de todas essas estações não é senão uma parte mínima da existência normal, absolutamente como se, numa viagem de vários anos, se parasse de tempos em tempos durante algumas horas.

Se, durante as existências corpóreas, parece nela haver solução de continuidade pela ausência da lembrança, a ligação se estabelece durante a vida espiritual, que não tem interrupção; a solução de continuidade não existe, em realidade, senão para a vida corpórea exterior e de relação; e aqui a ausência da lembrança prova a sabedoria da  Providência que não quis que o homem fosse muito desviado da vida real, onde tem deveres a cumprir; mas, no estado de repouso do corpo, no sono, a alma retoma em parte o seu vôo, e aí se restabelece a cadeia interrompida somente durante a vigília.

A isso se pode ainda fazer uma objeção e perguntar que proveito se pode tirar de suas existências anteriores para a sua melhoria, se não se lembra das faltas que se cometeu.
O Espiritismo responde primeiro que a lembrança de existências infelizes, juntando-se às misérias da vida presente, tornaria esta ainda mais penosa; é, pois, um acréscimo de sofrimentos que Deus quis nos poupar; sem isso, freqüentemente, quanto não seria nossa humilhação pensando no que fomos!

Quanto ao nosso adiantamento, essa lembrança é inútil. Durante cada existência, damos alguns passos adiante; adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições; cada uma delas é, assim, um novo ponto de partida, em que somos o que nos houvermos feito, em que nos tomamos por aquilo que somos, sem ter que nos inquietarmos com aquilo que fomos.

Se, numa existência anterior, fomos antropófagos, o que isso nos faz se não o somos mais? Se tivemos um defeito qualquer do qual não resta mais os traços, é uma conta liquidada, com a qual não temos nada a nos preocupar.

Suponhamos, ao contrário, uma falta da qual não se corrigiu senão a metade, o saldo se reencontrará na vida seguinte e é em corrigi-lo que é preciso se fixar. Tomemos um exemplo: um homem foi assassino e ladrão; disso foi punido, seja na vida corpórea, seja na vida espiritual; arrepende-se e se corrige da primeira tendência, mas não da segunda; na existência seguinte, ele não será senão ladrão; talvez grande ladrão, mas não mais assassino; ainda um passo adiante e ele não será senão pequeno ladrão; um pouco mais tarde, não
roubará mais, mas poderá ter a veleidade de roubar, que sua consciência neutralizará; depois um último esforço, e, todo traço da doença moral tendo desaparecido, será um modelo de probidade. Que lhe faz então o que foi? A lembrança de ter morrido no patíbulo não seria uma tortura, uma humilhação perpétuas?

Aplicai este raciocínio a todos os vícios, a todas as manias, e podereis ver como a alma se melhora passando e repassando pela estamenha da encarnação.
Deus não é mais justo por ter tornado o homem árbitro de sua própria sorte pelos esforços que pode fazer para se melhorar, do que ter feito a sua alma nascer ao mesmo tempo que seu corpo, e de condená-la a tormentos perpétuos por erros passageiros, sem dar-lhe os meios de se purificar de suas imperfeições?

Pela pluralidade das existências, seu futuro está em suas mãos; se leva muito tempo para se melhorar, disso sofre as conseqüências: é a suprema justiça; mas a esperança jamais lhe é obstruída.

Livro: Obras Póstumas
Allan Kardec