segunda-feira, 22 de março de 2010

A primeira necessidade do Médium


Se, do ponto de vista do mecanismo da comunicação, a mediunidade, em si mesma, não depende do fator moral, do ponto de vista da assistência espiritual o fator moral torna-se relevante.
Médiuns moralizados contam com o amparo de Espíritos elevados.

"E por médium moralizado referimo-nos ao medianeiro que pauta sua existência como um autêntico homem de bem, procurando ser uma pessoa humilde, sincera, paciente, perseverante, bondosa, estudiosa, trabalhadora e desinteressada."

A primeira necessidade de um médium é, pois, evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. O médium eficiente é aquele trabalhador que melhor se harmoniza com a vontade do Pai Celestial, cultivando as qualidades que atraem os Bons Espíritos e destacando-se pelo: cultivo sincero da humildade e da fé, do devotamento e da confiança, da boa vontade e da compreensão.
As qualidades que atraem os Bons Espíritos, conforme lemos em “O Livro dos Médiuns”, cap. XX, item 227, são:

I. a bondade
II. a benevolência
III. a simplicidade do coração
IV. o amor ao próximo
V. o desprendimento das coisas materiais.

Os defeitos opostos a essas qualidades, evidentemente, afastam de nós os Espíritos elevados, o que constitui um obstáculo que o médium, consciente da importância de sua faculdade tem de transpor.
A mediunidade não representa em si mesma nenhum mérito para quem a possui, porque o seu aparecimento independe, como vimos, da formação moral do indivíduo. Pessoas de comportamento moral duvidoso podem apresentar a faculdade mediúnica e sempre encontrarão entidades espirituais que lhes secundem a vontade e o pensamento, associando-se a elas na rede de desequilíbrio.

Ser bom médium é coisa diferente, como Kardec explica na seguinte passagem:

“Ninguém poderá tornar-se bom médium se não conseguir despojar-se dos vícios que degradam a humanidade”

“Todo homem pode tornar-se médium; mas a questão não é ser médium; é ser bom médium, o que depende das qualidades morais.”

(Revista Espírita de 1863, p. 213).


O consolador

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