quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O vício Religioso

"A religião é um caminho e não um destino."

Ryan frequenta a igreja, oferece-se como voluntário e está sempre ansioso para discutir religião. Ele tem numerosas imagens e símbolos religiosos no seu apartamento e no carro, gosta de citar a Biblía para reforçar o que esta querendo provar, mas desconfia das pessoas que fazem o mesmo quando elas discordam da sua interpretação.
Ryan é muito rígido a respeito de como as pessoas devem se tornar cristãs. Ele tem idéias muito firmes sobre como elas devem falar, o que devem ler, que tipos de divertimento são aceitáveis e como devem pensar a respeito dos assuntos sociais. Embora ele afirme ter entregue a Deus o controle da sua vida, quase todo mundo o considera muito controlador.
Infelizmente, Ryan não deseja relacionamento e sim discípulos. Ele precisa que os outros confirmem as suas convicções religiosas aceitando-as incondicionalmente. Ele não está usando a sua religião com o objetivo de estabelecer uma conexão e sim de impor seus pontos de vista. Esta nunca foi a intenção de Jesus. Embora Ryan diga às pessoas que deseja que elas sigam Jesus, na verdade é a ele próprio que ele quer que sigam.
Internamente, ele vive dúvidas e angústias que tenta encobrir para si mesmo com seu fanatismo religioso. O que Ryan não percebe é que a sua religião é uma forma de idolatria, porque está sendo usada para encobrir sentimentos dolorosos em vez de ligá-lo com Deus e aos outros.
Para Jesus, a religião e a idolatria eram absolutamente diferentes. Os fariseus e os escribas eram pessoas sinceramente religiosas que não se consideravam idólatras, porque adoravam a Deus. Mas Jesus advertiu que não devemos usar a religião para parecer íntegros, escondendo dentro de nós os nossos verdadeiros sentimentos. Para ele, a integridade baseada nos relacionamentos era muito mais importante do que a integridade fundamentada em dogmas. Aquilo que Jesus descrevia como idolatria eu vejo hoje no meu consultório como vício.
Para Jesus, o propósito da religião era favorecer o relacionamento com Deus e com os outros e não substituí-lo. às vezes as pessoas usam a religião para se sentirem melhor, exatamente como os viciados com as drogas. No caso da idolatria, as leis e os rituais religiosos se tornam a "droga", proporcionando às pessoas à ilusão de serem melhores do que realmente são.

Extraído do Livro:

Jesus o Maior psicólogo que já existiu
Mark W. Baker
ed.sextante

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